Carinho e desprendimento são valores inestimáveis |
Páscoa - As pequenas lembranças
Por Marise Jalowitzki
07.abril.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/04/pascoa-as-pequenas-lembrancas.html
Quando bateram à porta estava no andar superior e demorei o suficiente a descer para ouvir pela segunda vez a batida. Sabia ser alguém do prédio. Era uma amiga, Maria, artesã que conheço há quase dois anos.
Sorriso largo, parecia mesmo uma coelhinha, entregando-me lembrancinhas de Páscoa.
A data promove a renovação, o sair adiante, o continuar sempre de novo, no aprimoramento a que todos estamos sujeitos, ainda que uns, mais empenhados que outros. Mas, também, traz junto um cabedal de lembranças, reflexões necessárias sobre o que já fomos e fizemos e o que de bom podemos e devemos levar para o porvir, de tudo que experimentamos.
Maria Kovaleski é a artesã que confecciona as lindas casquinhas recheadas com guloseimas |
- Ai, que liiiiindo! - foi a minha exclamação, bastante emotiva.
Além do gesto desprendido, que bem demonstra o coração fraterno e doativo daquela mulher, também me veio, de chofre, a memória dos tempos de infância, onde guardávamos por meses as cascas de ovos, cuidadosamente quebradas em um dos extremos, para que ficassem ocas. Lavar, limpar, secar e guardar. Mais perto da data, começar a recortar o papel crepe (crepom) em tirinhas e confeccionar as tranças, metros e metros delas. Depois, passar cola na parte externa da casca e ir colando, cuidadosamente, as trancinhas, de modo a cobrir a casca do ovo. Por fim, a parte mais bacana e deliciosa: cozinhar o amendoim, o açúcar e o leite, até aquele ponto em que, ao esfriar, quebra e fica em pequenos pedacinhos (também pode ser chocolate). Encher as casquinhas, tampar e presentear! M-A-R-A-V-I-L-H-A!!!
Confeccionar as casquinhas para a Páscoa é uma tradição da cultura européia que perpassa gerações |
Trancinhas feitas com papel crepe são coladas sobre a casca original do ovo |
As noites de conversas e risadas, as madrugadas mágicas, tudo veio naquele instante! A amiga ali, acho que até se surpreendendo com o tamanho de minha comoção. Abracei-a, agradeci e entrei.
Ao fechar a porta, continuaram as lembranças:
- A espera do Dia da Paixão, sair antes do nascer do Sol, conversando baixo, pois era um dia santo. Procurar pelos campos a marcela (macela), colher aqueles montes de ramos e levar para casa, para secar, pois era um chá que, acreditava-se, sendo colhido nesta data específica, ficava ainda mais curador. Fosse Lua Cheia (como nesse ano de 2012) melhor ainda!
colheita da marcela - ou macela - no alvorecer da Sexta-feira Santa é tradição no sul do país |
O resto do dia da sexta-feira, falava-se baixinho, em reverência à memória de Jesus Cristo imolado.
Por fim, a exuberância do Domingo, onde se mistura(va) Gratidão e Alegria! Confraternização, Renovação e muito, muito chocolate!
No dia seguinte foi a minha vez de retribuir o carinho da oferta e receber, outra vez, um sorriso bonito!
Muito Grata, Vida, por tudo de Luz, Cor e Amor que tenho recebido!!!
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Por Marise Jalowitzki
18.abril.2011
http://t.co/sII0UU3
Marise Jalowitzki Compromisso Consciente |
compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
Olá, Marise!Que lindas tradições de Páscoa, adorei tomar conhecimento pois sou apaixonada por lendas e tradições. naqueles tempos era tudo mais ponderado, mais respeitado e assim as pessoas e o ambiente mais preservados!
ResponderExcluirDesejo-lhe uma feliz Páscoa cheia de carinho e amizade!
Beijinhos
Querida Lina! Saudades! Tenho muitas coisas a compartilhar! Tudo a seu tempo! VERDADE tudo o que comentas! DESEJO UMA FELIZ E AMOROSA PÁSCOA, também!!! Que o Amor seja sempre o ponto mais alto no coração dos que anseiam e praticam as coisas simples e boas!!! Beijos! Marise
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