sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conheça mais sobre o "green crude" o petróleo verde da Sapphire Energy

Petróleo verde - As cianobactérias, também chamadas de algas azuis, são microorganismos que podem crescer rapidamente - algumas eflorescências podem dobrar sua massa em apenas uma hora




Conheça mais sobre o "green crude" o petróleo verde da Sapphire Energy

14.outubro.2011
http://ning.it/pzvgAv

Petróleo extraído de algas


“Petróleo extraído de Algas”, uma promessa de um combustível “climate friendly” 

Por Alok Jha, correspondente de tecnologias “verdes”

Green crude
Um novo começo... o website da companhia Sapphire Energy faz promoção do “petróleo-verde” feito de algas

Um combustível líquido feito de plantas que é quimicamente idêntico ao petróleo cru, mas que não contribui para as alterações climáticas quando é queimado, ou, diferentemente dos outros bio-combustíveis, não precisa de terras agricultáveis para ser produzido, parece ser bom demais para ser verdade. 

Uma compahia em San Diego afirma que produziu exatamente isto — uma versão sustentável de petróleo que ela chama de “green crude” (literalmente “cru verde”). A Sapphire Energy utiliza organismos unicelulares, tais como algas, para produzir uma mistura química da qual é possível extrair combustíveis para carros ou aviões.


 
Petróleo verde - Sapphire Energy fazendo gasolina a partir de algas

Quando é queimado, o combustível oriundo das algas libera na atmosfera apenas o dióxido de carbono absorvido pelas algas durante seu crescimento, o que torna o processo inteiro neutro em termos de Carbono.

Grandes investidores já estão abrindo seus talões de cheques: a Sapphire já levantou um total de US$50 milhões em capital de risco nas últimas semanas, a maior quantia já levantada por uma companhia de biotecnologia de algas, inclusive um significativo investimento do Wellcome Trust da Grã-Bretanha.

Algas são vistas por muitos experts como uma fonte promissora de combustível verde no futuro: variando de organismos unicelulares até grandes plantas marinhas, elas são a forma de vida vegetal mais abundante do mundo e, através da fotossíntese, elas são extremamente eficientes no uso da energia solar e do dióxido de carbono do ar para fazer materiais orgânicos tais como açúcares, proteínas e, sob as novas condições, petróleo.

Estima-se que as algas possam produzir quase 100.000 litros de biodiesel por ano por hectare de terra


Yusuf Chisti da Universidade Massey na Nova Zelândia estima que as algas possam produzir quase 100.000 litros de biodiesel por ano por hectare de terra, comparados aos 6.000 litros por hectare do óleo de palmeira, atualmente o biocombustível mais produtivo.

O dinheiro para a Sapphire começou a chegar em abundância depois que a companhia atingiu sua mais significativa marca até agora, refinar gasolina de alta octanagem a partir de seu “green crude”.

“A gasolina resultante é completamente compatível com a atual infraestrutura, o que significa que não serão necessárias quaisquer modificações nos automóveis dos consumidores”, declarou um porta-voz da Sapphire.

Uma vantagem adicional é que a gasolina deles não tem contaminantes tais como enxofre, nitrogênio e benzeno, contidos no petróleo cru comum, e a companhia acredita que o custo de seus combustíveis será comparável ao dos combustíveis fósseis vendidos no mercado.

Muitas companhias de biotecnologia por todo o mundo estão trabalhando no uso de algas para produzir etanol ou biodiesel que possa substituir os tradicionais combustíveis usados nos transportes, enquanto se evita os problemas causados pelos biocombustíveis tirados da agricultura, tais como a diminuição da área para o plantio de alimentos.

Um porta-voz da Sapphire declarou que, com o uso de algas, não existiria a necessidade de usar o valioso terreno agricultável para o crescimento do insumo básico. “De fato, o processo utiliza área não arável e água não-potável, e produz de 10 a 100 vezes mais energia por hectare do que os biocombustíveis agrícolas”.

O que diferencia a Sapphire de outras companhias que pesquisam algas, é que ela não almeja produzir biocombustíveis normais, tais como etanol ou biodiesel.

Eles se inspiram na maneira como o petróleo cru foi criado originalmente, milhões de anos atrás.“Naquela época, quando as algas eram responsáveis pela criação de hidrocarbonetos de cadeias longas, tais como o diesel e as frações mais pesadas, a biomassa simplesmente ficou enterrada e foi comprimida na forma de petróleo cru”, diz Steven Skill, um pesquisador sobre o emprego de algas na fabricação de substâncias químicas orgânicas no Plymouth Marine Laboratory e que está familiarizado com o trabalho da Sapphire. “Algas sintetizam esses hidrocarbonetos de cadeias longas dentro das células”.

Sapphire não revela detalhes dos tipos de algas que está empregando, porém Skill acha que ela provavelmente está usando cianobactérias geneticamente modificadas, que costumam ser chamadas de algas azuis.

Esses organismos podem crescer rapidamente (algumas eflorescências podem dobrar sua massa em apenas uma hora), funcionar em altas temperaturas e algumas cepas podem até fixar o nitrogênio do ar para criar seus próprios fertilizantes.“A Sapphire declara que pode desenvolver o que ela quiser na cepa de algas com a qual está trabalhando agora”, declara Skill. O novo passo, diz ele, depende do desenvolvimento dos sistemas de engenharia e cultivo, para fazer as algas crescerem em escala economicamente viável.
Produção Comercial

John Loughhead, diretor executivo do Centro de Pesquisa de Energia da Grã-Bretanha declarou que a pesquisa com algas é uma parte crucial do trabalho no desenvolvimento de fontes de energia verdes no futuro. “Eu diria que é uma idéia muito sensata, mas a questão é: eles são capazes de fazer qualquer coisa prática de maneira eficiente? A questão chave é com qual eficiência esse processo funciona”.

Ele aduziu: “Eles também têm o principal problema quando se lida com as fontes renováveis clássicas: o fato de que você está lidando com a fonte básica de energia, o Sol, que é bastante difusa, de forma que o máximo que se obtém é em torno de 0,5 KW por metro quadrado. Serão necessárias grandes, vastas áreas de cultivo”.Algas podem ser facilmente cultivadas em cisternas abertas, mas isto resultaria em eflorescências de densidade muito baixa e, portanto, uma maneira ineficiente para produzir grandes quantidades de combustível. Skill declarou que a Sapphire precisa melhorias na tecnologia chamada foto-bio-reatores para cobrir a distância até a produção em escala comercial.

Fotobiorreatores são vasos fechados que fornecem muita luz e condições cuidadosamente ajustadas para o crescimento intensivo de microorganismos. Várias equipes, por todo o mundo, estão testando projetos para cultivar algas, mas, até agora, nenhuma conseguiu um resultado comercializável.Igualmente crucial para tornar o “green crude” comercialmente viável é o uso dos resíduos de produção além do petróleo extraído das algas.

“Provavelmente se pode transformar 40% do peso das algas em petróleo e se fica com 60% de outras substâncias, e aí há muitos componentes valiosos em termos de substâncias químicas alimentícias”.

Esses ingredientes extra, que incluem gorduras, açúcares e proteínas, podem ser usados para rações animais ou mesmo como substitutos para outros produtos derivados de petróleo, usados em tudo, desde cosméticos, até plásticos.Sapphire declarou que espera entrar em produção comercial de “green crude” dentro de três a cinco anos. Geoffrey Love, encarregado do capital de risco no Wellcome Trust, declarou que o investimento foi feito com isto em mente. “Já existia uma forte equipe de ciências e gerenciamento. Eles já estabeleceram marcas de progresso ao provar que podem fazer não apenas biodiesel, o que muitas outras companhias por aí podem fazer, mas (também) o próprio petróleo cru”.

Ele acrescentou que o Fundo Caritativo Biomédico realizou suas próprias diligências científicas, antes de fazer o investimento, e que o apoio de outro grupo de investimento, com quem o Trust já trabalhou várias vezes, o Arch Ventures, ajudou em sua própria decisão.Doug Parr, cientista chefe do Greenpeace-UK, declarou:

“Nós precisamos encontrar urgentemente maneiras de mandar a economia baseada em combustíveis fósseis para a história. As algas são promissoras, mas para para saber exatamente o que essa tecnologia pode oferecer, nós precisaríamos de muito mais informações a nossa disposição. O requisito crucial é que o produto final possa ser fornecido em grandes quantidades e de maneira sustentável, senão estaremos saltando do fogo para a frigideira ”.
guardian.co.uk © Guardian News and Media Limited 2008.

http://scienceblogs.com.br/chivononpo/2008/08/petroleo-extraido-de-algas.php





--------------
Leia também: http://ning.it/nSCNcl




Sapphire Energy e a produção de petróleo verde,
 já obtiveram gasolina de alta octanagem


Petróleo Verde - Extraído de Algas e o Vazamento de Petróleo na Nova Zelândia

14.outubro.2011

Diga Não! às energias sujas!


O óleo que ninguém vê

Entrevista com João Talocchi, do Greenpeace

14.outubro.2011
LINK: http://ning.it/opwX4g


------

Leia mais em: http://t.co/jImAZ8H


Alternativas Energéticas - Sustentabilidade - Lixo em Energia - Tecnologias Inovadoras




Energias Alternativas - Geração de Energia e Reciclagem
LINK: http://t.co/jImAZ8H

-----------

Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário