Bichinho assustado foi encontrado no banheiro da casa. Família fez certo: acionou o Corpo de Bombeiros |
Todos sabemos que o instinto os manda atacar quando se sentem acuados.
Por Marise Jalowitzki
03.agosto.2019
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2019/08/raposa-encontrada-em-uberaba-mg-e.html
Lembro até hoje do fascínio que foi a madrugada em que todos fomos acordados, alvoroçados, por um “barulho estranho” na varanda. Éramos seis irmãos, mais o pai e a mãe. Todos assustados e, nós, crianças, muito entusiasmadas com a novidade, espiamos cautelosamente pela porta da cozinha para ver se descobríamos que animal estava produzindo aquele som tão selvagem.
03.agosto.2019
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2019/08/raposa-encontrada-em-uberaba-mg-e.html
Lembro até hoje do fascínio que foi a madrugada em que todos fomos acordados, alvoroçados, por um “barulho estranho” na varanda. Éramos seis irmãos, mais o pai e a mãe. Todos assustados e, nós, crianças, muito entusiasmadas com a novidade, espiamos cautelosamente pela porta da cozinha para ver se descobríamos que animal estava produzindo aquele som tão selvagem.
A mãe, que
em sua infância, havia morado em local tão silvestre, já havia nos relatado
que, várias noites, em especial as de lua crescente pra cheia, quando havia
mais iluminação, as onças saiam da mata e iam para perto das moradias.
Geralmente passavam primeiro pelas casas e, não raro, ela e os manos acordavam
com o barulho de um bafo fortíssimo do outro lado da parede onde dormiam,
apavorando a todos.
Comumente seguia-se um rosnado forte, característico. A
onça circundava a casa mais de uma vez, antes de desistir. A ordem era ficar
imóvel, em silêncio. Depois, ela partia para o potreiro e, não raro, ouviam-se
mugidos de algum bovino que, na manhã seguinte, saber-se-ia ter sido morto e
tornado alimento do felino selvagem.
Estas
histórias vinham quase que instantaneamente às nossas mentes, enquanto pai e
mãe, lanterna em punho, tentavam não ligar a lâmpada para não assustar o bicho.
De repente, um fffsssss bem mais
forte e gutural do que de um gato bravo, descobrimos em uma brecha entre o
umbral e o teto, um animal lindinho, assustado, feroz... uma raposa!!! Não sei
porque ela se meteu ali, se o galinheiro era mais atrás e havia muitas galinhas
e patos e alguns ovos (sim, alguns, pois a mãe os recolhia sempre ao anoitecer,
exceto os de choco).
Não sei por quem
veio a ideia “necessária” de matar o animal, pois ele permanecia ali, ameaçando
de nos atacar, e era, também, uma ameaça à preservação dos galináceos.
Mas ela era
linda! Vontade de pegar no colo, não fosse a ferocidade! Silenciosamente, eu
torci muito pra que ela fugisse, pra que não fosse pega, pra que não fosse
morta! Cauda, pelo, olhos, focinho, os fiinos e transparentes “bigodinhos”, tudo era fascinante
demais.
O pai, felizmente,
não demonstrou coragem pra pegar o facão e tentar matar o animal e a mãe, que,
geralmente, assumia estes momentos, naquele, talvez movida pelas lembranças das
onças na infância, que a amedrontavam, também não! Que bom!
O “ataque” ficou
resumido a algumas estocadas no ar, com um cabo de vassoura, ela sempre
emitindo o seu fffssssss,boca muito aberta,
mostrando os dentes finos e afiados, até que, ufffaaa!, deu uma volta
rapidésima e pulou fora, pra escuridão. Nunca mais a vimos e foi a única raposa
que vi ao natural!
Histórias
tão distantes de todo o demais de uma vida urbana, mecanizada, metodizada, como
a de hoje, mas que continuam exercendo seu fascínio!
Fascínio que
abriu como um leque no tempo, quando me deparei com a notícia, agora há pouco,
de uma raposa que foi encontrada no banheiro de uma residência em Uberaba-MG.
Depois de capturado, o animal da
espécie Lycalopex vetulus foi devolvido a uma mata da região próxima à
residência. Segundo os bombeiros, a raposa foi imobilizada com o auxílio de um 'enforcador' e colocada em segurança na carrocinha, para somente
depois ser solta novamente na mata próxima à região..
Eles destacam que a família agiu da forma recomendada, ao acionar os militares.
Eles destacam que a família agiu da forma recomendada, ao acionar os militares.
Seguidamente
somos surpreendidos com estas notícias, pois a urbanização atinge cada vez mais
e mais as áreas de matas, fazendo com que os animais busquem nas casas, abrigo
e alimento.
Isto não é
bom, embora seja inusitado, pois significa, em primeiro lugar, que os animais
não encontram mais um espaço para seu habitat, para viver nas condições que as
espécies selvagens e silvestres necessitam, especialmente no que tange aos
alimentos.
Ao cidadão
comum, que pouco pode fazer, neste contexto, a fim de impedir o avanço
irrefletido das habitações humanas, resta o recado:
Não mate, procure não atacar, chame o Corpo de Bombeiros.
É deles o recado:
É deles o recado:
"Quem encontrar um animal selvagem deve
procurar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193".
Serviu de Fonte:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/08/03/interna_gerais,1074593/raposa-e-encontrada-em-banheiro-de-casa-em-uberaba.shtml?utm_source=onesignal&utm_medium=push
y mis recuerdos!!!
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Mãe, avó. Cidadã. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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