terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

A tragédia em Brumadinho foi incidente, acidente ou tragédia anunciada

 A dor estampada. A esperança triste em rever o ente querido. Pra não esquecer! Não dá pra acabar como Mariana!


Por Marise Jalowitzki
12.fevereiro.2019
https://compromissoconsciente.blogspot.com/2019/02/governador-zema-chama-tragedia-em.html

O governador Zema chama de "incidente", a Vale chama de "acidente"... as vítimas, familiares de mortos, familiares de desaparecidos, bem como a Promotoria Pública e grande parte da sociedade não hesitam em mencionar esta tragédia como anunciada. Havia tantos relatos, relatórios, averiguações, que, hoje, a Vale teima em negar, dizendo que estava tudo ok...

Chamar de 'incidente' ou 'acidente' é brincar com a dor, com as perdas, com o luto de todos os envolvidos!

Agora, temos a questão dos pagamentos como doação:
Sabemos muito bem o que acontece quando pessoas simples, acostumadas a um cotidiano com orçamento justo, de uma hora para outra recebem "uma bolada"... (sim, um a dois milhões de reais é uma 'bolada')... ainda mais em um momento assim trágico, onde a dor, o sofrimento da perda, o luto tão recente embota a lógica e só faz manifestar a estupefração, a tristeza, a saudade de todos os que padeceram devido à negligência. Entã, agora, oferecer um montante assim significativo e "estamos conversados", sem nem presumir o que tudo ainda vai aparecer nos próximos anos de efeitos, não, não é uma boa oferta!




Não, governador Zema, não foi "incidente"!!! Foi tragédia, devido à
negligência e sede por lucro! Vale-De-Morte não aprendeu nada com Mariana e
agora quer propor, além da doação imediata de 100 mil, um "acerto
financeiro direto" pra "encerrar o assunto! 

E as prováveis consequências futuras de todos estes rejeitos tóxicos?? 

Rejeitos de ferro, chumbo e cobre, o que tudo vai aparecer nos anos próximos? 

Quem vai ser responsabilizado, se tudo estiver quites com a empresa que provocou
todos estes danos, por pura falta de fiscalização correta e ética? Engenheiros
foram pressionados a assinar a liberação mesmo com as irregularidades
apontadas. 

Mais uma vez o governo se preocupa em "recuperar as finanças do estado" e
não com a estabilidade emocional e física da população! 

Os sobreviventes e familiares das vítimas, ainda plenos de dor e sofrimento,
abalados por estes terríveis acontecimentos, que condições terão de administrar
um milhão de reais, em um momento como este? Pra que? Pra que especuladores se
apropriem??? É isso???

Correto está o entendimento do Ministério Público, que quer que as vítimas recebam um
salário mínimo vitalício. 

Tristeza imensa pelas vítimas humanas, pelos inocentes animais, pelo meio ambiente
devastado devido à ganância de uma empresa que vem sendo negligente há anos!!


vidas ceifadas pela negligência e ganância... mais de uma centena ainda estão desaparecidos...

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No, Governor Zema, it was not an "incident" !!! It was tragedy due to negligence and thirst for profit! Death Valley has learnednothing from Mariana and now wants to propose, in addition to the immediatedonation of 100,000, a "direct financial settlement" to "close the matter!" 

And the probable future consequences of all these toxic
wastes? What will happen in the next few years? 

Rejects of iron, lead and copper, what everything will
appear in the next years? 

Who will be held accountable, if everything is removed with
the company that caused all these damages, for sheer lack of correct and
ethical oversight? Engineers were pressured to sign the release even with the
irregularities pointed out.

Once again the government is concerned with "recovering
the finances of the state" and not with the emotional and physical
stability of the population!

The survivors and relatives of the victims, still full of
pain and suffering, shaken by these terrible events, what conditions will they
have to administer one million reais at a time like this? For what? For
speculators to take ownership ??? It is???

Correct is the understanding of the Public Prosecutor, who
wants the victims to receive a minimum wage for life.

Great sadness by the human victims, by the innocent animals,
by the environment devastated , due to the greed of a company that has been
neglecting for years!


Querendo, leia matéria do Jornal Estado de Minas

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2019/02/12/interna_politica,1029911/zema-chama-tragedia-brumadinho-de-incidente-diz-que-vale-faz-possivel.shtml?utm_source=onesignal&utm_medium=push




Link do video: https://www.youtube.com/watch?v=eGaQ0vjHZE0



RESPOSTAS QUE FALTAVAM AO JORNAL ESTADO DE MINAS: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/02/14/interna_gerais,1030597/mais-de-30-horas-depois-vale-envia-mais-respostas-sobre-brumadinho.shtml?utm_source=onesignal&utm_medium=push
VEJA ALGUMAS:
Sirenes ligadas ao complexo da Mina Córrego do Feijão permanecem intactas após o desastre, mas moradores relatam que elas não tocaram no momento do rompimento. Se as próximas à barragem não tocaram por terem sido “engolfadas” pela onda de lama, o que ocorreu com as demais? 
O sistema sonoro é acionado manualmente, a partir de um Centro de Controle de Emergências e Comunicação, com funcionamento 24 horas por dia, que fica localizado fora da área da mina. Pelas informações iniciais do ocorrido, que estão sendo apuradas pelas autoridades, devido à velocidade com que ocorreu o evento, não foi possível acionar as sirenes relativas à Barragem BI. As causas continuam sendo apuradas. Importante ressaltar que no dia 27/1, por volta das 5h30, a Vale acionou preventivamente, como medida de cautela e prevenção, as sirenes de alerta após detectar um aumento nos níveis de água da Barragem B6. É importante ressaltar também que a Barragem I estava inativa desde 2016 e possuía todas as declarações de estabilidade aplicáveis, pois passava por constantes auditorias externas e independentes. Havia inspeções quinzenais, reportadas à Agência Nacional de Mineração, sendo a última datada de 21 de dezembro de 2018. A estrutura passou também por inspeções nos dias 8 e 22 de janeiro deste ano, com registro no sistema de monitoramento da Vale. Foram realizados ainda um simulado externo de emergência em 16 de junho de 2018, sob coordenação das Defesas Civis e com o apoio da Vale, e um treinamento interno com os empregados em 23 de outubro de 2018. 

Autoridades responsáveis por receber o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) relatam não ter conhecimento do paradeiro do documento ou não poder divulgá-lo, por ser um documento da Vale, a quem caberia tal divulgação. Considerando que se trata de material de interesse público e principalmente da população afetada, qual o conteúdo do documento? Ele será divulgado pela Vale? Se não, por quê? 
Os PAEBMs foram disponibilizados aos órgãos competentes, conforme legislação. Vale ressaltar que todas as barragens caracterizadas tecnicamente como de dano potencial alto possuem um Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), conforme estabelece a legislação brasileira. Esse plano é construído com base em estudos técnicos de cenários hipotéticos para o caso de um rompimento. O PAEBM prevê qual será a mancha de inundação e também a zona de autossalvamento. 

A população de Córrego do Feijão está angustiada com o futuro do vilarejo. Os moradores têm dúvidas sobre a qualidade de vida do lugar depois da passagem da onda de rejeitos, principalmente com relação aos empregos, qualidade da água e reconstrução de algumas áreas importantes para a população, como o campo de futebol transformado em base de operações. A Vale pretende revitalizar ou reconstruir o Córrego do Feijão? 
A discussão detalhada sobre as ações na parte de Córrego de Feijão atingida será realizada com as autoridades competentes no momento adequado. No momento, a Vale está focada no atendimento aos atingidos e em medidas emergenciais. A Vale informa que está garantindo o apoio necessário para todos os agricultores e famílias afetadas, atendendo a todas as demandas que estão sendo mapeadas pela empresa e pela EMATER, como por exemplo, o fornecimento de água para consumo humano e agropecuário. Demandas pelo fornecimento de água, dentre outras, podem ser registradas nos canais já disponibilizados pela empresa - 0800 031 0831 (Alô Brumadinho), 0800 285 7000 (Alô Ferrovias) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale). 

Os produtores rurais também questionam a Vale sobre um pagamento mensal, uma vez que eles pararam completamente de trabalhar com a pavimentação do curso d’água que era usado para a produção. O que a empresa diz sobre isso? 
Quanto a qualquer potencial indenização devida, esta será discutida em detalhe com as famílias e representantes do poder público. No momento, a Vale está revisando, junto com a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais e demais órgãos públicos competentes, a documentação necessária para o processo de doação de R$ 15 mil destinada àqueles que desenvolviam atividades produtivas ou comerciais localizadas na Zona de Autossalvamento (ZAS) do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). A questão será tratada em audiência nesta quinta-feira (14/2). Essa doação não será descontada de nenhuma potencial indenização devida. 

Outra solicitação da comunidade do Parque da Cachoeira é por um valor mensal de um salário mínimo, enquanto a situação definitiva não estiver resolvida. Existe essa possibilidade? 
De maneira emergencial, como forma de minimizar possíveis incertezas dos atingidos, a Vale já está realizando um apoio financeiro humanitário - na forma de doação - de 100 mil reais aos representantes de falecidos ou desaparecidos. E ainda, doação R$ 50 mil para todas as famílias que residiam na Zona de Autossalvamento do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e R$ 15 mil para aquelas que não têm residência na região da ZAS, mas desenvolviam atividades rurais ou comerciais cadastradas pela companhia quando da elaboração do PAEBM. Sobre a reivindicação da comunidade de Parque Cachoeira, a Vale está sensível de que existem outros atingidos fora da chamada Zona de Autossalvamento e se compromete a verificar a questão para definir o critério de atendimento para este tipo de situação. Quanto a qualquer potencial indenização devida, esta será discutida em detalhe com as famílias e representantes do poder público. "

Meu coração batia no peito dele e parou...Não pode acabar como Mariana
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/02/14/coracao-bate-no-peito-do-filho-o-meu-parou-diz-mae-de-vitima-da-vale.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=noticias






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