segunda-feira, 23 de novembro de 2015

TDAH - Projetos de Lei tramitam, enquanto farmacêuticas dão "formação" aos professores no Brasil - PL 7081/10 e PL 8324/2014

Aguardando ansiosamente por determinações legais, pais permanecem "no limbo" quanto aos direitos de seus filhos, enquanto professores recebem "formação" das farmacêuticas para identificar e 'diagnosticar' hiperatividade, desatenção, impulsividade... Urge uma posição e Ação Efetiva dos legisladores.

TDAH - Projetos de Lei tramitam, enquanto farmacêuticas dão "formação" aos professores no Brasil - PL 7081/10  e PL 8324/2014  


Por Marise Jalowitzki
23.novembro.2015

Amanhã tem uma Audiência Pública importante: 
PL 8324/2014 - de autoria da senadora Angela Portela (RR), o projeto visa restringir o uso de psicofármacos “aos casos que se enquadram em protocolos clínico-terapêuticos consolidados e aprovados pelas instâncias técnicas competentes”. “Poderosos interesses econômicos de laboratórios farmacêuticos reforçam a tendência de profissionais de saúde e de educação de transformarem um problema não médico, da área de aprendizagem ou comportamento, em um problema biológico do indivíduo, com causa e solução médica", afirma a senadora. Esse processo, destaca, é conhecido como medicalização.




Estas algumas providências sobre medicalização em crianças por parte do Ministério da Saúde:

   Art. 1º - Que a Reunião de Altas Autoridades
em Direitos Humanos e a Reunião de Ministros
da Saúde 
promovam a articulação necessária
para o estabelecimento de diretrizes comuns
para prevenir a excessiva medicalização de
crianças e adolescentes.
MERCOSUL e a Medicalização da Infância 










Enquanto isso, farmacêuticas patrocinam "formação" aos professores, aparentemente com o aval do MEC!

Leia aqui: TDAH - Palestras nas Escolas patrocinadas pela indústria farmacêutica
- Esta ação conta com o aval do MEC e do MSaúde?



Isto pode?  E o tempo da palestra está valendo como atividade complementar para a Graduação. Quem avalizou? No folder-convite há uma menção "Válido como Atividade Complementar de Graduação" - Então, tem a autorização do MEC?  e do Ministério da Saúde? Qual a posição da ANVISA? Precisamos saber!!


E, após mais de uma década, o PL que foi criado para tratar de Dislexia, ao longo dos anos incorporou TDAH e, na leitura integral, providências importantes ficaram de fora. Querendo, leia (ou mostre para seu advogado!):


TDAH e Dislexia - PL 7081/10  


Por Marise Jalowitzki
22.agosto.2015

Tanto tempo reunindo, debatendo, estudando, debatendo de novo...para deixar o PL nº 4.933/09, de fora? por "inadequação e incompatibilidade com a norma financeira e orçamentária"...

Como gostaria de morar em um país onde as pessoas se detêm a ler, a conhecer, a tentar entender, antes de aplaudir, curtir e...comemorar vitórias! Em alguns sites e páginas de redes sociais, associações estão divulgando como 'vitória' a aprovação "por unanimidade" do PL 7081/10, que tem em apenso (anexado) outros PLs anteriores! Agora, o PL e os apensados seguem para apreciação e possível aprovação na Comissão Constituição e Justiça da Câmara, com vistas à sanção da Presidência da República e o PL tornar-se Lei. Vai com a indicação do que foi julgado "adequado" e do que foi julgado "inadequado".


Olha a importância do que foi julgado 'inadequado':



- Para a família dos portadores de TDAH e-ou Dislexia: Garantia de horários de trabalho flexíveis aos membros da família.

- Para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação: entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades dos portadores dos distúrbios em comento - TDAH e-ou Dislexia, ao invés de provas escritas.

- Para concursos e seleções: entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades dos portadores dos distúrbios em comento  - TDAH e-ou Dislexia, ao invés de provas escritas. 




A justificativa para ficar de fora?
"a proposição prevê iniciativas de espectro mais abrangente - tais como garantia de horários de trabalho flexíveis aos membros da família, provas escritas para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação e para concursos e seleções por entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades dos portadores dos distúrbios em comento -, o que torna a proposição inadequada e incompatível com a norma orçamentária e financeira, nos termos dos art. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000), do art. 108 da LDO-2015 (Lei nº 13.080/15) e da Súmula nº 1/2008-CFT.

O que segue, com pedido de aprovação, para a Comissão Constituição e Justiça da Câmara:

- adequação orçamentária e financeira do Projeto de Lei nº 7.081, de 2010; 
- dos apensados, Projeto de Lei nºs. 3.040, de 2008, com emenda de adequação, 
- e do Projeto de Lei nº 5.700, de 2009; 
- do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família e do Substitutivo da Comissão de Educação e 
- pela inadequação e incompatibilidade com a norma financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 4.933, de 2009, apensado."


O que ficou para ser votado é o direito à assistência médica e a formação dos professores para melhor identificar e encaminhar as crianças portadoras de Dislexia e TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.  

(Sobre este PL: Pela minha leitura leiga, por mais que me esforce, não consigo desvincular o caráter medicalizante destes estudos, propostas e projetos. E deixo, ao final, apenas um pequeno trecho de tantos outros que me passaram inquietude.)

Só depois de Lei aprovada é que deveriam ter início as providências para formação e capacitação de educadores, para que possam identificar e encaminhar as crianças para atendimento multidisciplinar. Entretanto, isto já está acontecendo, sob a égide de uma fabricante farmacêutica, conforme pode ser verificado AQUI.





As ideias de um indivíduo é que norteiam seu caminho e seu destino.
Somente a informação, o conhecimento aprofundado, juntamente com a emoção e o sentimento é que podem trazer a verdade de cada um para cada um.
Peço aos amigos e amigas que leiam, que conheçam, que leiam até o fim os textos!!!
Como simplesmente curtir e aplaudir uma notícia vaga? Como falar em vitória? Olha o que ficou de fora!!!!!!!!!!!!!!!!


Sobre o PL 7081/10, que está indo para votação, com vistas a tornar-se lei.


Orçamento - http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1350131&filename=Tramitacao-PL+7081/2010



"Sob o aspecto financeiro e orçamentário, observa-se que a matéria constante dos Projetos de Lei nºs 7.081/10 e 5.700/09 assim como dos Substitutivos aprovados pela CSSF e pela CEC não implicará necessariamente aumento da despesa pública, uma vez que o objeto proposto já se encontra preconizado na legislação vigente e amparado pela existência de ações orçamentárias nos Ministérios da Educação, da Saúde e da Assistência Social e Combate à Fome


O mesmo não se verifica quanto ao Projeto de Lei nº 4.933/09, em apenso, uma vez que a proposição prevê iniciativas de espectro mais abrangente - tais como garantia de horários de trabalho flexíveis aos membros da família, provas escritas para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação e para concursos e seleções por entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades dos portadores dos distúrbios em comento -, o que torna a proposição inadequada e incompatível com a norma orçamentária e financeira, nos termos dos art. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000), do art. 108 da LDO-2015 (Lei nº 13.080/15) e da Súmula nº 1/2008-CFT.

Diante do exposto, o Relator submete a este colegiado seu voto pela adequação orçamentária e financeira do Projeto de Lei nº 7.081, de 2010; dos apensados, Projeto de Lei nºs. 3.040, de 2008, com emenda de adequação, e do Projeto de Lei nº 5.700, de 2009; do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família e do Substitutivo da Comissão de Educação e pela inadequação e incompatibilidade com a norma financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 4.933, de 2009, apensado."

??? Justamente o que proporcionaria maiores condições de envolvimento efetivo da família: horários de trabalho flexíveis aos membros da família, provas escritas para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação e para concursos e seleções por entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades dos portadores dos distúrbios? Justamente estes quesitos tornam a "proposição inadequada" ??? Vai ficar só para medicalização, orientada e diagnosticada pela escola?



Conheça:
PROJETO DE LEI N° 7.081, de 2010 
Apensados Projetos de Lei nºs. 3.040/08, 4.933/09 e PL 5.700/09 
Dispõe sobre o diagnóstico e o tratamento da dislexia e do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade na educação básica. 
Autor: SENADO FEDERAL Relator: DEPUTADO ENIO VERRI 
I – RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 7.081, de 2010, do Senado Federal, determina ao Poder Público manter programa de diagnóstico e tratamento de estudantes da educação básica com dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) por intermédio de equipe multidisciplinar, com a participação de educadores, psicólogos, psicopedagogos, médicos e fonoaudiólogos, entre outros. 
Além disso, a proposição estabelece que as escolas de educação básica devem assegurar o acesso aos recursos didáticos adequados à aprendizagem e desenvolvimento dos alunos em comento bem como oferecer aos professores da educação básica cursos sobre o diagnóstico e o tratamento de dislexia e do TDAH. 
O Projeto de Lei nº 3.040, de 2008, em apenso, de autoria do Deputado Sandes Júnior, obriga o Poder Executivo a implantar, em 90 (noventa) dias, o Programa de Identificação e Tratamento da Dislexia na rede Oficial de Educação. A obrigatoriedade se refere à aplicação de exame nos educandos matriculados na primeira série do Ensino Fundamental, em alunos já matriculados na rede e nos discentes de qualquer série admitidos por transferência de escolas fora da rede pública. O Programa abrange a capacitação permanente dos educadores para identificar os sinais da dislexia e de outros distúrbios nos educandos. 
A proposta obriga a criação de equipes multidisciplinares de diagnóstico e tratamento com profissionais nas áreas de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia. Segundo a proposição, as despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias. O Projeto de Lei nº 4.933, de 2009, também apensado, proposto pelo Deputado Marcondes Gadelha, visa garantir aos alunos com dislexia o direito ao diagnóstico, a identificação precoce do distúrbio, reabilitação, ensino e medidas para recompensar e facilitar a vida social, acadêmica e laboral. A proposta estabelece a responsabilidade das escolas de todos os níveis, após aviso adequado às famílias, implementar tempestivamente ações suficientes para identificar casos suspeitos de dislexia entre os alunos. Determina a promoção por parte do Ministério da Educação e da Saúde de atividades para alcançar a identificação precoce dos alunos com dislexia. Propõe a formação, reciclagem e capacitação do corpo docente das escolas e dos profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico e reabilitação dos disléxicos. O diagnóstico, o acompanhamento e tratamento devem ser feitos por equipe multidisciplinar formada por fonoaudiólogo, psicólogo, educadores, neurologistas e outros especialistas que se fizerem necessários. A proposta estabelece que as despesas oriundas da execução desta lei serão suportadas por dotações orçamentárias próprias. 
A proposição apresentada pelo Deputado Marcondes Gadelha também garante horários de trabalho flexíveis aos membros da família, até o primeiro grau, dos alunos disléticos, envolvidos nas atividades escolares, em casa. O PL ainda prevê a substituição, para os disléxicos, das provas escritas para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação e para concursos e seleções por entrevista oral ou instrumentos que compensem as dificuldades na leitura e escrita e utilização de uma prorrogação de prazo, para a realização desses ensaios, adequada às necessidades das pessoas com dislexia. 
Por fim, o Projeto de Lei nº 5.700, de 2009, apensado, do Deputado Homero Pereira, propõe a adição ao inciso V do art. 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394, de 1996) de dispositivo que inclua como critério para verificação do rendimento escolar a avaliação e acompanhamento dos transtornos de aprendizagem dos alunos, especialmente, na leitura e na escrita, por equipe multidisciplinar, com acomodação especial destes alunos nas classes da educação básica. 
A matéria foi submetida às Comissões de Seguridade Social e Família - CSSF e de Educação - CE. A primeira aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 7.081/2010 e os apensados, PL 5.700/2009 e PL 3.040/08, na forma do Substitutivo apresentado, e rejeitou o PL 4.933/2009, apensado, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Rita Camata. 
O Substitutivo da CSSF proclama que o poder público mantenha programa para identificação precoce, diagnóstico, tratamento e atendimento educacional escolar especializado para estudantes da educação básica com dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) por meio de equipe multidisciplinar integrada, entre outros, por educadores, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e especialistas. 
Ademais, o Substitutivo garante aos professores da educação básica formação continuada para a identificação precoce das crianças com suspeita de sinais de dislexia e de TDAH e para o atendimento educacional escolar desses alunos, de forma a facilitar a participação e o trabalho na supracitada equipe multidisciplinar. 
A CE aprovou o PL 7.081/2010, o PL 5.700/2009, o PL 3.040/2008, com substitutivo, e rejeitou o PL 4.933/2009, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Mara Gabrilli, que apresentou Complementação de Voto. O Deputado Nazareno Fonteles apresentou voto em separado. O Substitutivo da CE assegura o desenvolvimento e manutenção pelo poder público de programa de acompanhamento integral aos educandos com dislexia ou TDAH, compreendendo a identificação precoce, encaminhamento para diagnóstico e apoio educacional na rede de ensino, bem como apoio terapêutico especializado na rede de saúde. O art. 2º dispõe que as escolas da Educação Básica, da rede pública e privada, a família, os serviços de saúde existentes e as redes de proteção social devem garantir o cuidado e a proteção ao educando com dislexia ou TDAH.
A peça aprovada na CE determina que as necessidades específicas no desenvolvimento do estudante serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde. Em caso de necessidade de intervenção terapêutica, esta ocorrerá em um serviço de saúde acompanhada por equipe multidisciplinar composta por profissionais necessários ao desempenho dessa abordagem. 
O Substitutivo estabelece ainda que os sistemas de ensino garantam aos professores da educação básica amplo acesso à informação, inclusive com relação aos encaminhamentos possíveis para atendimento multissetorial, formação continuada, capacitação para a identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos de aprendizagem ou do TDAH, bem como para o atendimento educacional escolar desses educandos. 
A Relatora, Deputada Mara Gabrilli, apresentou Complementação de Voto que alterou o Substitutivo da CE para estender os efeitos da lei aos educandos que possuam qualquer outro transtorno de aprendizagem, além da dislexia e TDAH, de modo a alcançar um universo ainda mais representativo de estudantes. No âmbito da Comissão de Finanças e Tributação – CFT, não foram protocoladas emendas às proposições em análise no prazo regimental. É o relatório. 
Para ler na íntegra: 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=B271CBB1D9A129AF658A22F62ACD95A5.proposicoesWeb1?codteor=1343620&filename=Tramitacao-PL+7081/2010 

Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



Livro: TDAH Crianças que Desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Acesse: 
http://www.compromissoconsciente.com.br/
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/
ou entre em contato direto:
marisejalowitzki@gmail.com 
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família


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Leia sobre - Recomendação da APA - :




PREVENÇÃO DO USO INADEQUADO DE PSICOFÁRMACOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES - PL 8324/2014


“Poderosos interesses econômicos de laboratórios farmacêuticos reforçam a tendência de profissionais de saúde e de educação de transformarem um problema não médico, da área de aprendizagem ou comportamento, em um problema biológico do indivíduo, com causa e solução médica." Necessárias providências do Legislativo e do Ministerio da Saúde, para instituir medida destinada à prevenção do uso inadequado de psicofármacos em crianças e adolescentes. 
Por Marise Jalowitzki
23.novembro.2015
Leia, conheça, apoie, divulgue!
PL 8324/2014
Amig@s, sei que é meio chato para muitos ficar acompanhando a tramitação de PLs - Projetos de Lei, assistir audiências públicas, essas coisas.
Mas, peço aos que puderem e quiserem, que assistam amanhã, pelo Canal da Câmara dos Deputados, às 14h30min, a audiência pública que vai tratar sobre o PL 8324/2014, que visa instituir medida destinada à prevenção do uso inadequado de psicofármacos em crianças e adolescentes.
Há um outro PL que tramita e que visa um 'rastreio mental' para 'identificar' todas as crianças com 'distúrbios' no país, e que não prevê mudanças nas metodologias das escolas. Ou seja, a "responsabilidade" fica nos ombros das crianças e dos pais...
AMANHÃ, será tratado sobre outro PL, o 8324/2014 - que conheci faz pouco!!! - de autoria da senadora Angela Portela (RR). O objetivo dela com o projeto é restringir o uso de psicofármacos “aos casos que se enquadram em protocolos clínico-terapêuticos consolidados e aprovados pelas instâncias técnicas competentes”. “Poderosos interesses econômicos de laboratórios farmacêuticos reforçam a tendência de profissionais de saúde e de educação de transformarem um problema não médico, da área de aprendizagem ou comportamento, em um problema biológico do indivíduo, com causa e solução médica", afirma a senadora. Esse processo, destaca, é conhecido como medicalização. (http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/481691-PROJETO-PREVE-CAMPANHA-SOBRE-USO-DE-REMEDIOS-PSIQUIATRICOS-EM-CRIANCAS.html)

Representando o Ministerio da Saúde, estará debatendo o Rubens Bias,
participante aqui do Grupo TDAH Crianças que Desafiam e Analista de Políticas Sociais da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.


 É TUDO QUE QUEREMOS!!

MENOS
- Menos medicação pra achatar e enquadrar nossas crianças
- Menos pressão aos pais e crianças
- Menos psicotrópicos em crianças
- Menos julgamentos e bullying

MAIS
- Mais divulgação sobre os efeitos nocivos dos psicotrópicos
- Mais diagnósticos criteriosos
- Mais mudanças na educação
- Mais Aceitação e Amor!



Marise Jalowitzki
Blog e Livro TDAH Crianças que Desafiam
Grupo e Página no facebook
Porto Alegre - RS


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 



LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e  dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta






segunda-feira, 9 de novembro de 2015

TDAH sem medicação - Práticas que dão certo - Relato da mãe Luciana Iwamoto




Nosso empenho persistente é no sentido de alertar e esclarecer os pais para que conheçam e se informem cada vez mais sobre o que representa uma filosofia medicalizante no que tange ao desenvolvimento, especialmente escolar, de seus filhotes. Organizações no mundo inteiro, incluindo o Brasil, tem se movimentado no sentido de frear o consumo de psicotrópicos em crianças e jovens. Como segundo maior consumidor do mundo de metilfanidato (Ritalina, Concerta e outros), o tema vem ganhando [finalmente] também a preocupação do Ministerio da Saúde. Enquanto as autoridades debatem, porém, as crianças continuam sendo medicalizadas e as vítimas devido aos riscos dos efeitos colaterais, se pesquisados,ainda não estão sendo divulgados. FELIZMENTE, algumas mães decidem romper com este círculo vicioso que pretende "resolver o problema" com uma receita de remédio controlado. 

No Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM publico, entre outros, o que a Comissão de Bioética Médica da Suíça (pais onde "nasceu" a Ritalina) emitiu em seu Parecer nº 18/2011. Transcrevo uma parte aqui: 

"O aprimoramento [obtido através do consumo de substâncias farmacológicas] reduz consideravelmente a liberdade dos filhos e prejudica o desenvolvimento de sua personalidade.

Além disso, o consumo de substâncias farmacológicas pode trazer implicações adicionais no caráter, porque a criança é ensinada que ela pode "funcionar" de uma forma socialmente adequada somente com a ajuda destas drogas. Na medida em que traços do caráter da criança são alterados medicamentosamente, deixando-o dependente de drogas psicotrópicas, isto acarreta consequências para a formação da personalidade da criança e sua autoestima, e pode promover o desenvolvimento de padrões de comportamento de dependência [19]. 

A pressão aplicada sobre as crianças para se conformar, seja por seus pais, seja por instituições de ensino, impõe um padrão de normalidade que diminui a tolerância em relação ao modo de ser infantil. Isto pode reduzir a variedade de temperamentos e estilos de vida e, em última análise, prejudicar o direito da criança a um caminho aberto da vida." (págs. 148 e 149)


IIº Relato da mãe Luciana Iwamoto  - Japão


Por Marise Jalowitzki e Luciana Iwamoto
09.novembro.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/11/tdah-sem-medicacao-praticas-que-dao.html


Há cerca de um ano, a amiga Luciana permitiu a publicação deste artigo no blog, além da  divulgação no grupo TDAH Crianças que Desafiam, no Facebook.





Para ler, clique no titulo:












Ali consta a descrição de muitas atividades e intervenções que ela, generosamente, compartilha, no afã de ser útil para outras mamães e professoras. Sempre que publico algo de uma escola que consegue implementar uma mudança positiva efetiva, há um ou outro comentário no sentido de "é porque é particular". Neste caso, a Luciana e sua família são brasileiros radicados no Japão e, quando as mamães de outro país escrevem, também aparecem exclamações como: "Ah, isso é no Japão! Aqui é diferente!" (ou Portugal, ou Espanha, ou Reino Unido, Chile, etc.). 

Sim, é verdade, mas percebo como super importante continuar divulgando estas práticas - simples e excelentes - que podem ser adotadas por outros educadores também por aqui, ou em qualquer parte do mundo onde este artigo seja lido. Como faço questão de lembrar frequentemente, o Artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases, dá autonomia para a direção de uma escola para implantar a metodologia que julgar mais efetiva em seu estabelecimento. Assim, mudanças, maiores ou menores, são possíveis de acontecer.

Neste intuito, transcrevo o relato que, um ano após, a devotada mãe encaminha, e novamente autoriza a divulgação identificada. "Assim como quero o melhor para o meu filho,quero que outras crianças tenham a mesma oportunidade..."




 Segue o texto enviado no final de outubro deste ano (2015)



"Olá Marise, quero te contar as novidades. Sei que vai gostar, pois todos os progressos que tivemos,foram sem nenhum medicamento. Somente com muito amor, carinho, paciência e com a maravilhosa ajuda de um batalhão de anjos, é assim que eu chamo os professores da escola onde meu filho está. 

Não é fácil,mas a cada conquista,cada avanço é comemorado. Muito comemorado!

Antes dele começar na nova escola, pedi a Deus que mandasse um anjo para ser sua professora. Como Deus faz muito melhor do que aquilo que pedimos, mandou logo um batalhão!!! Todos,desde a cozinheira até o diretor, têm se empenhado para garantir ao meu filho as condições necessárias para que ele possa aprender, com alegria e segurança

Uma coisa que a professora dele me disse, fez com que eu me enchesse de confiança nestes profissionais. Ela me disse:
"Queremos saber do que ele gosta, do que podemos fazer por ele, quais os métodos que podemos utilizar, queremos aprender como deixá-lo confiante." E muitas outras coisas, que me deixaram bem mais tranquila." 



 A Importância do Distanciamento Não Punitivo 


Esta é uma parte BEM importante: 

"Faz 7 meses que o Gugu começou o primeiro ano do primário. Logo no começo, foi muito difícil mostrar pra ele que horários e outras tantas coisas iriam mudar. Mas nós também tivemos que nos adequar a essa nova fase. 
Aos poucos fomos descobrindo do que ele gosta e do que não. 
Por exemplo: 

Como ele se distrai facilmente, ele prefere ficar numa outra sala, só ele, ou, por vezes, com um coleguinha, que também é hiperativo e uma professora auxiliar (que aliás tem muita experiência com crianças que precisam de mais atenção; muito carinhosa, paciente e que escreve tudo num caderno para que eu saiba o que ele fez e o que não). Mas ele fica nessa sala somente nas aulas de matemática e japonês, nas outras fica com o restante da turma, mas só se ele preferir."



 Atenção e Respeito aos gostos individuais e auto avaliação 
(não comparação com os outros )


Meu pequeno não gosta das aulas de educação física, achamos que ele tem medo de não conseguir acompanhar os outros coleguinhas. Por isso, temos mostrado a ele o que ele antes não conseguia fazer e que agora já faz. Incentivo,isso é o que até mesmo a pediatra nos disse para fazer, mesmo antes de eu falar, ela já disse: "Eu não gosto de prescrever medicamentos!"

Em dezembro ele vai passar por mais exames, mas somente para sabermos a real evolução e quais os passos para o próximo ano. Mas já são visíveis as mudanças. Embora esteja um pouco atrasado nas matérias, lê bem, escreve dois tipos de ideogramas japoneses, o hiragana e o katakana e já começou a aprender kanjis. Faz contas de adição e subtração, com um pouco de dificuldade, mas faz. Tenho usado todos os recursos possíveis para ensiná-lo.




 Temas: Brincar não é distração, é método para relaxar

Sento junto com ele e ajudo na lição de casa, mas se ele não consegue focar, brincamos um pouco e só depois de descontrair um pouco, voltamos à lição. O vocabulário dele também melhorou bastante, tanto em português, quanto em japonês.

Todos aqui em casa têm ajudado nos cuidados. Pelo menos uma vez na semana, um de nós vai à escola ver como andam as coisas. Como ele gosta de ir à biblioteca, toda semana levo ele lá, pelo menos 5 livros traz pra casa.

Essa foto é do caderno onde a professora escreve, isso o tem incentivado bastante para fazer tudo certo. Ele pede pra professora escrever.



 Na escola, nada de bullying - Crianças são ensinadas a aceitar as diferenças 


Gugu não gosta muito de brincar com crianças da mesma idade; ou bem mais velhas, ou bem mais novas.

Como gosta de dinossauros, vai ser um na peça de teatro do fim do ano. Quando estavam escolhendo os personagens, a professora perguntou quem queria ser o dinossauro. Como ele não estava na sala nessa hora, todos os amiguinhos disseram para a professora dar o papel para ele, pois assim ele ficaria mais feliz ao fazer a peça. 

Todos entendem que ele é diferente, não se espantam quando ele prefere ficar dentro do armário, ou debaixo da mesa, quando há uma situação diferente do normal. Tem dias que ele está mais focado e outros que parece estar com a cabeça em outro lugar. Nesses dias as professoras deixam ele mais solto, levam para passear fora da sala, na biblioteca ou no jardim. Não o forçam a nada, pois ele acaba ficando irritado e agressivo sob pressão. Aos poucos vai se autorregulando. Cada dia é dia de descobertas. De aprendizado, dele e nosso. Mas uma alegria imensa a cada conquista.

Desculpe-me pelo longo texto. E obrigada pelos textos que você posta, que tem nos ajudado bastante. Até outro dia. Beijinhos."







Luciana, desejo, de coração, que tudo continue neste nível de satisfação, querida amiga! E que em todas as escolas possa acontecer esta humanização da Educação! E todas as mamães e professoras e orientadoras educacionais que lêm este post. Crianças merecem e precisam de Respeito e Acolhimento Amoroso para que possam evoluir. Crescer sem traumas. É para isso que nascem. Para ter um futuro promissor, onde as experiências vividas possam ser disseminadas em suas vidas, no futuro, ampliando as condições de Paz em todo o planeta!

Beijos!



Outros artigos que podem interessar (clique no título):

Para os que tem dúvidas em relação à medicalização de psicotrópicos em crianças


  





Protocolo de Autópsia - Morte do Menino Matthew devido ao uso prolongado de Ritalina

""Insuficiência Coronária Aguda devido a Doença Isquêmica do Coração devido ao uso a longo prazo de metilfenidato (Ritalina)"- Ritalin, em inglês. Dr. Ljuba Dragovic, o Chefe Patologista de Oakland County, Michigan



 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 



LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e  dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta