sexta-feira, 8 de agosto de 2014

TRÊS PASSOS PARA ACABAR O CHORO DO BEBÊ - Provado cientificamente - com video



Muitos pais sofrem pra caramba ao seguir orientações para deixar seu bebê chorando até adormecer. Pois agora, chega de sofrimento. A receita retirada do baú do tempo vem do pediatra Dr. Harvey Karp


Deixar o bebê chorar não é uma boa prática! Provado cientificamente 
Chega de choro! 

Por Marise Jalowitzki
08.agosto.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/08/tres-passos-para-acabar-o-choro-do-bebe.html

Há poucos dias amigos comentaram aqui no grupo sobre deixar o bebê chorar até adormecer, como uma forma de "se acostumar" e não "continuar fazendo manha". Teve até uma mãe que disse: "Deixa choar!É bom pra limpar os brônquios!" 
Esta prática sempre esteve rodeada de muita controvérsia. Mesmo os pais e mães que seguiram os conselhos dos pediatras, dizem lembrar-se até hoje do esforço que foi, do aperto no coração, da hesitação em realizar tal tarefa. Pois um trabalho publicado no "Early Human Development" pela pesquisadora Wendy Middlemiss, da Universidade de Norte do Texas, analisou as reações de estresse de bebês que ficaram chorando até dormir. Ela descobriu que o hormônio cortisol - que é secretado em situações de angústia, onde é sentida uma sensação de ameaça, perigo ou abandono - continua alto mesmo depois que o bebê já tenha parado de chorar e mesmo quando já está dormindo.

Há vários estudos comprovando que o excesso de cortisol pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, em especial o de crianças pequenas.  

Sempre considerei bastante triste deixar um recém nascido chorar até adormecer, fosse sozinho na caminha ou "enlouquecendo" os pais ou babás. Há bem pouco tempo ele estava no escurinho, dentro do ventre quentinho da mãe, sendo balançado pelo movimentos dela e agora? Tudo tão diferente! Na minha experiência como mãe, apesar das orientações dos pediatras em "deixar chorar", arrumei um "Moysés" e colocava em um lado de nossa cama de casal. Sempre que havia um choro mais forte, trazia minha filhinha para a caminha, só colocava a mão sobre ela por alguns instantes. Logo ela dormia e era possível retorná-la ao berço sem problemas. Em pouco tempo isso passou.

Pois esta orientação de deixar o recém nascido chorar até "cansar" e aí adormecer (de tanto chorar e, provavelmente, com muita dor de cabeça) acaba aqui. 
"Barriguinha cheia? Sim. Fralda limpa? Sim. Sem febre? Sim. Colinho de pai ou de mãe? Sim. Então por que o bebê ainda está chorando?"
Nossas avós talvez já soubessem o que fazer. As mamães e papais já não!
Eu mesma vi pais sacudindo horizontalmente seus bebês, com músicas ruidosas, sem efeito imediato, mas "acalmando" a criança, que não chorava mais. Mas o mote é o movimento vertical, que imita o andar da mãe. Ou apenas o ruido.

TRÊS PASSOS PARA ACABAR O CHORO DO BEBÊ

Bem, agora está "provado cientificamente" e pode ser utilizado sem medo: 
1. enrolar o bebê muito bem, de forma que praticamente não possa mais se mexer.
2. deitá-lo de lado (no colo do pai ou da mãe).
3. emitir um ruído, um chiado (sshh, sshh), logo acima da orelha, imitando o barulho que ele ouvia dentro do útero. Pode ate usar o secador de cabelo (cuidando, claro, para não direcionar para o ouvido!)
Pronto, simples e fácil. O bebê dorme sem problemas!!
Fácil, não?
A receita retirada do baú do tempo vem do pediatra Dr. Harvey Karp. 

Querendo, veja o video compartilhado na página do Adriano Ribeiro, neste link: 

https://www.facebook.com/photo.php?v=10203495901811293&set=vb.1026190849&type=2&theater 



É importante saber que nunca se pode dar um chacoalhão no bebê, um que seja, porque o cérebro e o pescoço de uma criança pequena são muito frágeis e uma única sacudida brusca pode até matar. 



Mais sobre o sono infantil:


Querendo, leia também:

Deixar chorar até dormir é prejudicial à criança? Veja o que dizem os especialistas  -   http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/03/02/deixar-chorar-ate-dormir-e-prejudicial-a-crianca-veja-o-que-dizem-os-especialistas.htm 


O que fazer quando o bebê chora "sem motivo " 

Nem sacudir é uma boa prática, pois pode danificar o desenvolvimento cerebral!

Stress e cortisol

Quem nunca passou por momentos de estresse? Seja no trânsito ou em um evento marcante da vida, como a perda de um emprego, o lado emocional pode afetar a saúde. Não à toa, cerca de 70% das consultas médicas e 80% das doenças graves estão ligadas a esse problema.

Perigo: quando você está estressado, o corpo tem uma resposta para protegê-lo. Se você está em perigo, o hipotálamo do cérebro envia gatilhos químicos para os nervos e as glândulas suprarrenais, que ficam em cima de cada rim. Essas glândulas liberam hormônios como o cortisol, que aumentam a pressão arterial e o açúcar no sangue. O processo, claro, pode prejudicar a saúde se acontecer com frequência.


Compulsão: estudos têm relacionado o cortisol, hormônio liberado em períodos de estresse, à vontade de comer açúcar e gordura. Os cientistas acreditam que a substância se liga aos receptores que controlam a ingestão de alimentos no cérebro. Portanto, se você costuma “descontar” o estresse na comida, deixe lanches saudáveis e frutas sempre por perto.


Armazenamento de gordura: “você pode claramente relacionar o estresse ao ganho de peso”, afirma Philip Hagen, professor de medicina na Mayo Clinic, em Minnesota, Estados Unidos. Isso porque, além da má alimentação durante os períodos de estresse, o cortisol também aumenta a quantidade de tecido adiposo, ou seja, aumenta as células de gordura. Níveis mais altos de cortisol foram relacionados ao excesso de gordura abdominal.


Coração: a relação entre o estresse e problemas no coração ainda é incerta, mas um estudo recente na Europa descobriu que pessoas que têm trabalhos estressantes são 23% mais propensas a ter um primeiro ataque cardíaco que as demais.


Insônia: estresse pode causar hiperatividade, que prejudica o sono. Um período longo de estresse também pode causar insônia e contribuir para distúrbios do sono. Nesses casos, o indicado é fazer ioga ou optar por atividades relaxantes.


Dores de cabeça: a adrenalina e o cortisol podem causar alterações vasculares que deixam você com dor de cabeça e enxaqueca. O estresse também deixa os músculos tensos, o que pode piorar ainda mais essas dores.


Memória: excesso de cortisol no organismo pode prejudicar a capacidade do cérebro de guardar memórias. Durante o estresse agudo, o hormônio também interfere em neurotransmissores, substâncias que as células cerebrais usam para se comunicar.


Fonte: Terra


http://br.guiainfantil.com/m/blog/bebes/desenvolvimentopor-que-nao-se-deve-deixar-o-bebe-chorar



 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

Livro: TDAH Crianças que desafiam 

Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Para conhecer mais e adquirir, acesse: 






Outro artigo sobre o mesmo tema, publicado em:

Como acalmar o seu bebê em 5 passos

Uma das situações mais desesperadoras para os pais de primeira viagem (e até para os de muitas viagens!) é o bebê que não pára de chorar. Muitos profissionais de saúde inclusive não sabem ao certo como ajudar os pais nessa situação. Não raro, os choros são atribuídos a cólicas e os bebês chegar até mesmo a receber prescrição de anticolinérgicos e opioides, como o "elixir paregórico".

Entretanto, na maioria das vezes o "chororô" do bebê pode ser manejado com medidas bem simples, ainda que a causa do choro não esteja muito clara. As medidas apresentadas aqui foram desenvolvidas pelo pediatra Harvey Karp (Departamento de Pediatria, UCLA) e apresentadas no livro e DVD "The Happiest Baby on the Block". Para Harvey Karp, os choros do recém-nascido são cólicas associadas ao que ele chama de o quarto trimestre da gravidez. Para lidar com o bebê inconsolável, Harvey propõe 5 técnicas as quais ele chama de "os 5 S". As estratégias propostas parecem bastante eficazes em eliciar o que Harvey chama de "o reflexo de acalmar" (the calming reflex). As teorias de Harvey sobre a razão do choro do bebê (ex: cólicas, saudades do útero, etc.) e da eficácia dos 5 passos (ex: evitar o reflexo de Moro) são especulativas e carecem de evidências científicas, o que em nada tira o mérito de sua observação clínica aguçada sobre a resposta dos bebês aos cuidados parentais. 

Segundo Harvey, até 20% dos bebês com menos de três meses têm crises de choro por mais de 3 horas por dia e até 50% deles choram ou esperneiam por cerca de 2 horas por dia. O choro de um bebê é bastante estressante para um adulto e bebês chorões podem abalar rapidamente as fantasias parentais de ter um bebê perfeito e de serem pais perfeitos. Choros persistentes se associam a maior estresse parental, discórdia conjugal, menor tempo de aleitamento, depressão pós-parto, abuso infantil, tratamento desnecessário para refluxo gastroesofágico, recaída no tabagismo (Karp, 2008).
Para lidar com os choros intermináveis dos bebês, Harvey propõe a técnica dos "5 S". São eles:
1) Swaddling: se refere à técnica de enrolar o bebê com um cueiro de modo a imitar a restrição de movimentos que havia no útero;
2) Side or stomach position: após enrolar o bebê, colocá-lo na posição de lado ou de barriga ajuda a eliciar o "reflexo de acalmar"; porém, os bebês SEMPRE devem dormir de barriga para cima.
3) Shushing: emissão de um "ruído branco" que imitaria o som do fluxo sanguíneo intra-útero. O som pode ser produzir pelos próprios pais (como o som para pedir silêncio "shhh"), ou o barulho contínuo de um secador de cabelo, aspirador de pó, coifa, etc.
4) Swinging: balançar, o que pode ser feito por um balanço mecânico. Inicialmente o balanço pode ser programado em velocidade mais alta e, depois, ter sua velocidade reduzida. O balanço funciona melhor quando o bebê já foi acalmado, ou seja, para mantê-lo calmo.
5) Sucking: sugar. O uso de chupetas/bicos não deve ocorrer antes de o aleitamento materno estar bem estabelecido.

Algumas dessas estratégias foram submetidas a estudos científicos rigorosos e tiveram sua eficácia e segurança avaliadas (van Sleuwen et al., 2007). Entre elas, talvez a mais estudada seja o swaddling. A técnica de enrolar o bebê, por exemplo, faz com que os bebês durmam mais horas por dias e com menos despertares. Prematuros têm mostrado melhor desenvolvimento neuromuscular, melhor organização motora e mais capacidade de auto-regulação quando são enrolados. Quando comparado com massagem, bebês que choraram menos quando enrolados. O swaddling também pode aliviar a dor em recém-nascidos. A técnica pode ser útil na regulação da temperatura, mas também pode causar hipertermia quando mal aplicada, o que pode se associar a morte súbita. O enfaixamento associado à posição supina (ou seja, de barriga para cima) reduz risco de morte súbita (0,64-0,69; Karp, 2008), mas quando associado à posição pronada (barriga para baixo) aumenta o risco de morte súbita do lactente, o que torna necessário advertir os pais a parar de usar enfaixamento se os bebês tentarem virar de posição. Há alguma evidência de que existe um maior risco de infecções respiratórias relacionadas com o aperto dos panos. Outro possível efeito adverso é um aumento do risco de desenvolvimento de displasia de quadril, o que está relacionado com enfaixamento com as pernas em extensão e adução. Por outro lado, o enfaixamento não influencia o as propriedades ósseas ou o aparecimento de raquitismo. Swaddling imediatamente após o nascimento pode levar a ganho de peso pós-natal atrasado sob determinadas condições, mas não parece influenciar os parâmetros de amamentação (van Sleuwen et al., 2007).

Em resumo, sugere-se que a técnica de enrolar o bebê seja realizada com os seguintes cuidados: evitar a posição de bruços (barriga para baixo); evitar que o cueiro ou o pano seja folgado o suficiente para permitir que o bebê se solte e se sufoque com o material; evitar que seja apertado a ponto de causar desconforto respiratório; usar material adequado e checar se o bebê não está com hipertermia (ex: temperatura do bebê elevada, suando, vermelho, etc.). Os pediatras que devem estar cientes de que swaddling é um fator de risco para displasia de quadril quando mal aplicado. Para as crianças que já estão em risco aumentado para displasia de quadril por causa de história familiar ou parto pélvico, o rastreio com ultra-sonografia do quadril deve ser realizado como recomendado pela Academia Americana de Pediatria. Se a displasia é encontrada, a técnica de enrolar o bebê deve ser evitada. Se os achados ultra-sonográficos de triagem são normais, então o swaddling pode ser permitido com segurança. Para todas as crianças que são enroladas, os médicos devem observar a técnica de swaddling usada pelos pais para garantir que seus quadris estejam livres para flexionar e abduzir em uma posição segura para o desenvolvimento do quadril, o que pode diminuir o risco de displasia de quadril (Mahan et al., 2008).

Outras estratégias podem ser usadas como alternativas aos 5 passos e incluem: massagem, banho morno, contato pele a pele e passeio com o bebê ao ar livre (Karp, 2004). Após o "quarto trimestre", o "reflexo de acalmar" diminui gradativamente. Porém, os pais estarão mais confiantes e conhecendo melhor seus bebês, o que permite o uso de outras estratégias que também acalmam o bebê. Posteriormente, o bebê também irá progressivamente desenvolver suas próprias habilidades para se acalmar e se entreter sozinho.


Referências:


Karp HN. Safe Swaddling and Healthy Hips: Don't Toss the Baby out With the Bathwater. Pediatrics 2008; 121(5): 1075-1076. [Link]

Karp HN. The "fourth trimester":A framework and strategy for understanding and resolving colic. Contemporary Pediatrics 2004. [Link]

Mahan ST, Kasser JR. Does Swaddling Influence Developmental Dysplasia of the Hip? Pediatrics 2008; 121(1): 177-178. [Link]

van Sleuwen BE, Engelberts AC, Boere-Boonekamp MM, Kuis W, Schulpen TW, L'Hoir MP. Swaddling: a systematic review. Pediatrics. 2007 Oct;120(4):e1097-106. [Link]







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