terça-feira, 25 de setembro de 2012

Carlos Miguel era Catador e foi queimado vivo

Morte do catador em Caxias do Sul - Só resta ao cãozinho continuar a guarda - Foto Vania Espeiorin
Adolescentes envolvidos já prestaram depoimento. Não estudam. Educação é formação para a Vida. Todo jovem PRECISA estar sempre aprendendo coisas boas para ocupar a mente e o coração e criar respeito  pelo próximo!

Carlos Miguel era Catador e foi queimado vivo

Por Marise Jalowitzki
25.setembro.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/09/carlos-miguel-era-catador-e-foi.html

Quando ouvi a notícia e vi a chama humana correndo, não quis acreditar! Filme de horror! O homem, completamente tomado pelo fogo, correndo e gritando por socorro. As câmeras de segurança do posto de gasolina mostram os frentistas e populares desesperados, com seus extintores, tentando apagar o fogo. O trabalhador, um catador de material reciclável, homem de 45 anos, teve 85% do corpo queimado na 6a. feira è noite, pelas 21h40min, enquanto dormia. Carlos Miguel dos Santos morreu ontem, na segunda.

Morador de rua, papeleiro, catador, trabalhador. O carrinho tração humana apareceu no primeiro dia, em meio ao colchão e roupas queimadas, ao lado do barraco destruído. O cãozinho da foto perdeu seu dono. Carlos Miguel foi internado e permaneceu na UTI do Hospital Pompéia de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em estado gravíssimo, vindo a falecer na 2ª feira.

Fiquei chocada quando os noticiários dos próximos dias falaram mais em "acidente" do que na averiguação NECESSÁRIA de crime. HOJE, FELIZMENTE, a Ministra Maria do Rosário, de Direitos Humanos diz que vai acompanhar o caso.

Importantíssima a declaração inicial do frentista que declarou ao repórter que o senhor, enquanto corria e clamava por socorro, também falou em "Eles me pagam!"

QUEM ERAM 'ELES'?
Quatro rapazes foram vistos correndo pelas imediações onde o cidadão dormia, em um terreno baldio, após um dia de trabalho. O local, 5 dias do ocorrido, ainda não havia recebido isolamento por parte da polícia local e os peritos da capital Porto Alegre, só puderam se deslocar até Caxias do Sul (por falta de efetivo) hoje, 3ª feira (25).

Os quatro rapazes, 3 de 14 anos e um de 15 anos, molestavam o trabalhador há tempos. Eles invadiam o barraco onde Carlos Miguel dos Santos morava, e de onde já haviam sido expulsos. "Presa fácil" dos menores delinquentes (e agora, provocando a morte de um ser humano), há uma semana eles o haviam apedrejado em plena rua. Os rapazes não estudam e moram em um bairro pobre, conhecido como ponto de tráfico de droga. 

QUEM SÃO OS PAIS DESSES ADOLESCENTES?

COMO A SOCIEDADE ASSISTE A ATOS DESSE TEOR E NÃO TOMA NENHUMA PROVIDÊNCIA PREVENTIVA?

A Sociedade PRECISA intervir ANTES de acontecer uma tragédia!


Perseguir um trabalhador, só porque é pobre e desprotegido, é hediondo! Barraco onde o catador morava, ficou completamente queimado após o ato cruel dos adolescentes - Foto Jonas Ramos


Da RBS
"Na sexta-feira, segundo os primeiros depoimentos, eles decidiram dar um susto no papeleiro e compraram R$ 2 em gasolina em um posto ainda não identificado pela polícia. O delegado concluiu que a gasolina utilizada para atear colocar fogo no papeleiro foi comprada pelos três garotos de 14 anos, enquanto o de 15 ficou na esquina para que ninguém visse a ação."

A Ministra Maria do Rosário declara que irá acompanhar o caso. "Segundo ela, um levantamento recente indica que 111 moradores de rua foram mortos entre junho de 2011 até março de 2012. Os dados do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores revelam ainda que queimaduras são a segunda causa desses óbitos, perdendo apenas para as armas de fogo."



RESPEITO À VIDA
O respeito à vida PRECISA ser promulgado com mais intensidade em nossos dias. A maldade que jaz no íntimo do ser humano PRECISA ser freada! A vida dos jovens PRECISA ser preenchida com cursos profissionalizantes, tempo ocioso é oficina para o mal.

Os menores já deram seus depoimentos e, segundo o titular da 2ª Delegacia de Polícia, Joigler Paduano, as investigações devem estar concluídas ainda nesta terça-feira (25) encaminhando o caso à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

A vida desse senhor está extinta. Sua história está escrita. Tinha um rosto, uma identidade, uma profissão, esperanças em um mundo melhor, como todos nós. Isso está ceifado. O que precisamos, cada vez mais, é comentar com os que nos são próximos, não apenas o fato em si, mas, sim, aproveitar um triste acontecimento como esse para referenciar e fortalecer valores como ética, respeito, amor ao próximo, entendimento, compaixão e solidariedade, com o objetivo maior de inibir futuros males de igual teor.

Este é mais um crime QUE NÃO PODE FICAR IMPUNE!
AJUDE A PRESERVAR A VIDA!

Uma referência:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/policia/noticia/2012/09/pericia-do-terreno-onde-papeleiro-foi-queimado-em-caxias-do-sul-sera-realizada-nesta-terca-feira-3895648.html

Video do Pioneiro, de Caxias do Sul

Câmeras de segurança registram socorro à vítima


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Como fazer o Forno solar doméstico que torna água salgada em água potável

Saída para muitas das comunidades do interior de nosso nordeste, que sofre com a falta de água potável. Forno solar doméstico é de cerâmica, custa 50 dólares e foi inventado por um italiano


Como fazer o Forno Solar doméstico que torna água salgada em água potável

Por Marise Jalowitzki
19.setembro.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/09/como-fazer-o-forno-solar-domestico-que.html

O Eliodoméstico é um aparelho fácil e efetivo de dessanilizar a água, tornando-a potável ao consumo. A invenção é do italiano Gabrielle Diamanti, estudante de pós-graduação em designer. O projeto, bem ao estilo dos inovadores consciente, está em código aberto e não tem patente, o que permite que pode ser copiado e aperfeiçoado por quem dele tiver interesse.


Forno solar doméstico é o ideal para lugares onde a água é salgada, imprópria para o consumo 


O video - gravado em inglês - mostra o passo a passo do equipamento. As imagens são autoexplicativas. Osistema permite tornar até cinco litros de água potável por dia, média de consumo diário de água potável para uma família pequena. O custo envolvido gira em torno de 50 dólares.


Dessalinização de baixo custo -  O processo permite tornar a água salgada em água potável


Notícia para ser divulgada para os centros comunitários e empresas locais, órgãos ligados à Vigilância Sanitária e até para um grupo de amigos compromissados, em volta de uma fábrica de cerâmica.


Éliodoméstico - Forno solar permanece o dia todo expondo a água e, ao final do dia, é só recolher a água potável, pronta para o consumo


O texto e o video a seguir foram transcritos de Vida Sustentável:

A Tecnologia nem sempre tem que ser complicada, às vezes os mais simples materiais e conceitos são os melhores.

Potabilização de águas salobras

O Eliodomestico funciona como um funil de cabeça para baixo que dessaliniza a água salgada. O forno cerâmico tem três partes principais. O recipiente superior preto é onde a água salgada é colocada. O sol aquece a água salgada e cria vapor, a pressão que se acumula empurra o vapor através de um tubo na seção do meio. O vapor condensa contra a tampa da bacia, na parte inferior e, em seguida, escorre para dentro da bacia, onde é recolhido.

Essa é uma saída sensacional para o Nordeste Brasileiro, principalmente durante a seca. As águas salobras que existem no sertão nordestino possuem baixo teor de sal, mas a torna imprópria ao consumo humano. O dessalinização de Baixo Custo é uma opção viável mesmo em lugares sem energia elétrica


Ler mais: http://www.vidasustentavel.net/auto-sustentavel/dessalinizacao-de-baixo-custo-forno-solar-faz-agua-potavel-a-partir-de-agua-salgada/






Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista de coração
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ouro do Brasil vai para o Canadá - Maior Projeto de Exploração acontece no sigilo - Belo Monte e Belo Sun

Belo Sun - Ouro do Brasil vai para o Canadá - Maior Projeto de Exploração acontece no sigilo. A  60 km de Altamira, a Belo Sun canadense explora Volta Grande do Xingu, na mesma área onde está sendo erguida a maior hidrelétrica do país, avança o maior projeto de exploração de ouro do Brasil.  Recursos financeiros serão solicitados ao BNDES. Grupo TSX - BSX

Além do Pará, Brasília também receberá o grupo Belo Sun - Projeto Arco-Íris



"PROJETO ARCO-ÍRIS – BRASÍLIA


VISÃO GLOBAL

O 100% Projeto Arco-Íris propriedade está localizada a aproximadamente 7 horas por estradas pavimentadas e cascalho ao norte da cidade de Brasília. A área de exploração do Projeto Arco-Íris abrange cerca de 30.000 hectares a noroeste de Minaçu, no estado de Goiás, no Brasil. As licenças de mineração são 805.597/77 e 860.691/89 cada um dos 1.000 hectares. Cerca de 2% do total das propriedades de mineração de licença 805.597/77 estão sujeitos a um acordo de royalties que resulta em 10% do minério recuperado a partir da propriedade a ser fornecida ao garimpeiro original para o seu próprio processamento. Ler mais"



"PROJETO VOLTA GRANDE - A 60 KM DE ALTAMIRA - PARÁ

VISÃO GLOBAL

Os 100% de propriedade do Projeto Volta Grande está localizado cerca de 60 quilômetros a sudoeste da cidade de Altamira (pop. 100.000) na região norte do Estado do Pará. A configuração geológica ( Tres Palmeiras greenstone belt ), nas áreas de projeto é parte das mesmas seqüências presentes no "Word Class" Província Mineral de Carajás. A Companhia atualmente controla os direitos de mineração e exploração sobre uma área de 130.541 hectares (1.305 km ²) da área conhecida pela mineração artesanal de ouro.

Volta Grande, foco principal da Companhia, é um projeto de exploração em estágio avançado, onde um recurso ouro indicadas e inferidas já foi delineado. O recurso é composta de 2,85 milhão onças medidos e indicados de ouro (grau médio de 1,69 g / t) e 2000000 onças inferidos de ouro (grau médio de 1,70 g / t), usando uma de 0,50 g / t de corte (ver Prima Solte datado 25 de abril de 2012). Este recurso está em conformidade com os padrões NI 43-101 e do respectivo Relatório Técnico será arquivado no SEDAR no devido tempo.

A fim de mover o Projeto Volta Grande para a viabilidade, Belo Sun lançou um programa de perfuração de grande diamante em 2010 visando a atualização e expansão dos recursos atuais. Resultados de perfuração continuam a confirmar o potencial para aumentar ainda mais os recursos de Volta Grande, e um programa de perfuração de 70.000 metros foi proposto para 2012. " (do site da Belo Sun)


Ouro do Brasil vai para o Canadá - Maior Projeto de Exploração acontece no sigilo - Belo Monte e Belo Sun



Por Marise Jalowitzki

Bem ao estilo que todos os cidadãos brasileiros já conhecem, sem divulgação, "em uma região conhecida como Volta Grande do Xingu, na mesma área onde está sendo erguida a maior hidrelétrica do país, avança discretamente um megaprojeto de exploração de ouro. O plano da mineradora já está em uma etapa adiantada de licenciamento ambiental e será executado pela empresa canadense Belo Sun Mining, companhia sediada em Toronto que pretende transformar o Xingu no maior programa de exploração de ouro do Brasil."

Soube da notícia em primeira mão pelo Fabio T Fernandes, amigo do Facebook, do grupo Jaguar Negro. Ali, ele escreveu: “Todo esse estardalhaço em relação à Usina de Belo Monte, não passou de fachada para encobrir o verdadeiro interesse nas terras indígenas, que nada tem a ver com necessidade de geração de energia e sim com extração de OURO.
Descobrimos a tempo as verdadeiras intenções do governo em secar a volta grande do rio Xingu dentro da reserva indígena e retirar os habitantes daquela região afim de que uma empresa CANADENSE - a BELO SUN MINING CORPORATION possa explorar o ouro existente naquela região sem que encontre oposição de nenhuma etnia ou mesmo da população da região. 
(VEJA ARTIGO -
http://www.belosun.com/Projects/Volta-Grande/default.aspx )

Diante desse novo fato ficam aqui as dúvidas. 
1º - Será que os grupos ambientalistas presentes naquela região em função da RIO+20 tinham conhecimento desse fato?
2º - Porque razão todos eles se retiraram da região e nunca mais se manifestaram a respeito?
3º - O que será feito com esse ouro que será retirado? Ficará aqui no País ou como sempre, será REM
Fabio T Fernandes
Fui pesquisar no próprio site da empresa. O Projeto bilionário já está sendo festejado pelos integrantes da Belo Sun, o grupo oficialmente canadense comemora os ganhos obtidos com as explorações já feitas e nós, aqui no Brasil nem conhecimento tomamos.
O grupo canadense  tem vários brasileiros na Gestão

O Maior Projeto de Ouro desenvolvido no BRASIL

Logo da Belo Sun (do site da  empresa)

TSX: BSX

BELO MINERAÇÃO SUN - VISÃO GERAL

"Belo dom mineração está explorando o ouro ao longo das faixas principais mineralizadas do Norte do Brasil, região que ostenta uma vasta riqueza mineral e uma vibrante, moderna indústria de mineração. O Brasil é o lar de uma indústria de mineração de classe mundial, com potencial de exploração notável. O Brasil também tem um clima político favorável, com um código de mineração moderna, e, apesar de sua geologia excelente, permanece em grande parte pouco explorado.

O programa de perfuração em andamento na propriedade de Volta Grande vai continuar ao longo de 2012 e os resultados do ensaio divulgados.  Um estudo de viabilidade para a Volta Grande Projeto está atualmente em andamento. Ela está prevista para ser concluída até 1 º trimestre de 2013. Para se inscrever para lançamentos de Belo dom de imprensa por e-mail, por favor clique aqui."


Brasileiros que fazem parte da Gestão da Belo Sun


(do site da Belo Sun)

Helio Diniz , VP Exploração


O Sr. Diniz tem mais de 30 anos de experiência, mais recentemente como Diretor de Exploração, Brasil pela Xstrata (anteriormente Noranda - Falconbridge). Neste papel, ele foi um descobridor principal dos depósitos de níquel de classe mundial Araguaia (100 milhões de toneladas, 1,5% Ni), que esteja em curso estudos de escopo de níquel da Xstrata. Ele também reuniu um dos portfólios de propriedade mais impressionantes do Distrito prolífico Mineral de Carajás e da posição da terra em Mangabal. Antes disso, ele trabalhou com Gencor África do Sul, e foi envolvido na avaliação e desenvolvimento da mina de ouro São Bento no Brasil que operava há 25 anos.


Carlos Cravo da Costa , Country Manager


O Sr. Costa é um geólogo profissional (P. Geo) com dezoito anos de experiência de trabalho em metais de base, ouro e platina elementos do grupo projetos de exploração em todo o Brasil. Além disso, o Sr. Costa tem dez anos de experiência profissional em geologia mina, incluindo experiência subterrânea com Fazenda Brasileiro e experiência a céu aberto com Andrade, Brucutu e Córrego do Meio, onde ele conseguiu os seus departamentos de geologia. Ao longo de sua carreira, ele participou e conseguiu vários programas de exploração, de estágios regionais de base, através de estudos escavar. Sr. Costa graduou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também possui uma pós-graduação em Análise de Sistemas do Instituto Brasileiro de Pesquisa em Informática (IBPI), em 1988.


Ricardo de Freitas Lopes , Gerente de Projeto


Sr. Lopes tem 21 anos de experiência trabalhando com ouro regional e detalhada, platina, paládio, cobre, níquel e fósforo projetos de exploração no Brasil, Bolívia, Peru, Canadá, Noruega e Suécia. Sr. Lopes tem mais recentemente como Gerente Técnico para Ventures internacional do níquel e Country Manager da Blackstone Ventures na Suécia. Antes disso, ele atuou como geólogo chefe do projeto da Falconbridge / Xstrata Nickel no Araguaia Laterita projeto (greenfield Ni descoberta) no Brasil. Também fazem parte da equipe que revisada e testada com baixo grau de projetos de ouro Aurizona, que está atualmente em produção por Luna Gold Corp Sr. Lopes também tem um MBA da Fundação Getulio Vargas no Brasil.



Em Agosto houve um reforço:
TORONTO, ONTARIO- (Marketwire - 9 de agosto de 2012) - Belo dom Mining Corp (TSX: BSX) (a "Companhia" ou "Belo Sun") tem o prazer de anunciar a adição de três novos indivíduos-chave para a sua equipa de gestão: Ian Pritchard, Que foi nomeado para o cargo o diretor de operações, Joaquim Alvarenga que foi contratado como Gerente Geral de Operações Brasil e Donald W. Clarke que foi contratado como um conselheiro para Belo dom.

Joaquim Alvarenga
(ainda sem foto no site)
Sr. Alvarenga é um engenheiro de minas profissional com mais de 15 anos de experiência em operações de minas, gerenciamento de projetos e engenharia no Brasil. Ele ocupou cargos seniores em empresas como Alcoa Inc, Yamana Gold Inc. e Anglo American plc.




Belo Sun - Grupo festeja bons resultados com o Projeto de Extração de Ouro em Altamira - Pará - o Maior Projeto de Ouro Desenvolvido no Brasil


Artigo publicado no site da Unisinos - São Leopoldo - RS

Projeto bilionário de grupo canadense quer extrair ouro no Xingu.

O rio Xingu vai deixar de ser palco exclusivo de Belo Monte, a polêmica geradora de energia em construção no Pará. Em uma região conhecida como Volta Grande do Xingu, na mesma área onde está sendo erguida a maior hidrelétrica do país, avança discretamente um megaprojeto de exploração de ouro. O plano da mineradora já está em uma etapa adiantada de licenciamento ambiental e será executado pela empresa canadense Belo Sun Mining, companhia sediada em Toronto que pretende transformar o Xingu no "maior programa de exploração de ouro do Brasil".

A reportagem é de André Borges e publicada pelo jornal Valor, 17-09-2012.

O projeto é ambicioso. A Belo Sun, que pertence ao grupo canadense Forbes & Manhattan Inc., um banco de capital fechado que desenvolve projetos internacionais de mineração, pretende investir US$ 1,076 bilhão na extração e beneficiamento de ouro. O volume do metal já estimado explica o motivo do aporte bilionário e a disposição dos empresários em levar adiante um projeto que tem tudo para ampliar as polêmicas socioambientais na região. A produção média prevista para a planta de beneficiamento, segundo o relatório de impacto ambiental da Belo Sun, é de 4.684 quilos de ouro por ano. Isso significa um faturamento anual de R$ 538,6 milhões, conforme cotação atual do metal feita pela BM & FBovespa.

A lavra do ouro nas margens do Xingu será feita a céu aberto, porque "se trata de uma jazida próxima à superfície, com condições geológicas favoráveis". Segundo o relatório ambiental da Belo Sun, chegou a ser verificada a alternativa de fazer também uma lavra subterrânea, mas "esta foi descartada devido, principalmente, aos custos associados."

Para tirar ouro do Xingu, a empresa vai revirar 37,80 milhões de toneladas de minério tratado nos 11 primeiros anos de exploração da mina. As previsões, no entanto, são de que a exploração avance por até 20 anos. Pelos cálculos da Belo Sun, haverá aproximadamente 2.100 empregados próprios e terceirizados no pico das obras.

O calendário da exploração já está detalhado. Na semana passada, foi realizada a primeira audiência pública sobre o projeto no município de Senador José Porfírio, onde será explorada a jazida. Uma segunda e última audiência está marcada para o dia 25 de outubro.
Todo processo de licenciamento ambiental está sendo conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará. 

O cronograma da Belo Sun prevê a obtenção da licença prévia do empreendimento até o fim deste ano. A licença de instalação, que permite o avanço inicial da obra, é aguardada para o primeiro semestre do ano que vem, com início do empreendimento a partir de junho de 2013. A exploração efetiva do ouro começaria no primeiro trimestre de 2015, quando sai a licença de operação.

Todas informações foram confirmadas pelo vice-presidente de exploração da Belo Sun no Brasil, Hélio Diniz, que fica baseado em Minas Gerais. Em entrevista ao Valor, Diniz disse que o "Projeto Volta Grande" é o primeiro empreendimento da companhia canadense no Brasil e que a sua execução não tem nenhum tipo de ligação com a construção da hidrelétrica de Belo Monte ou com sócios da usina.

"Somos uma operação independente, sem qualquer tipo de ligação com a hidrelétrica. Nosso negócio é a mineração do ouro e trabalhamos exclusivamente nesse projeto", disse Diniz.

O "plano de aproveitamento econômico" da mina, segundo o executivo, ficará pronto daqui a seis meses. Nos próximos dias, a Belo Sun abrirá escritórios em Belém e em Altamira. Hélio Diniz disse que, atualmente, há cerca de 150 funcionários da empresa espalhados na Volta Grande do Xingu, região que é cortada pelos municípios de Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Altamira.

O local previsto para receber a mina está localizado na margem direita do rio, poucos quilômetros abaixo do ponto onde será erguida a barragem da hidrelétrica de Belo Monte, no sítio Pimental. A exploração da jazida, segundo Diniz, não avançará sobre o leito do rio. "A mina fica próxima do Xingu, mas não há nenhuma ação direta no rio."

Para financiar seu projeto, os canadenses pretendem captar recursos financeiros no Brasil. De acordo com o vice-presidente de exploração da Belo Sun, será analisada a possibilidade de obter financiamento no BNDES. "Podemos ainda analisar a alternativa de abrir o capital da empresa na Bovespa. São ações que serão devidamente estudadas por nós."

Segundo a Belo Sun, o futuro reservado para a região da mina, quando a exploração de ouro for finalmente desativada, será o aproveitamento do projeto focado no "turismo alternativo", apoiado por um "programa de reabilitação e revegetação". Na audiência pública realizada na semana passada, onde compareceram cerca de 300 pessoas, a empresa informou que haverá realocação de pessoas da área afetada pelo empreendimento e que a construção de casas será financiada pela Caixa Econômica Federal. A Belo Sun listou 21 programas socioambientais para mitigar os impactos que serão causados à região e à vida da população.


Site da Belo Sun:


Belo Sun e a extração do ouro no Pará - Projeto prevê programas sociais de realocação da população indígena e ribeirinha


AMELIA GONZALEZ13.9.2012 9h00m
Um novo texto do Código de Mineração brasileiro, sob a responsabilidade da Casa Civil, deve ser enviado ao Congresso Nacional até dezembro. E, até hoje, a sociedade civil não se sentiu ouvida para opiniar sobre o assunto. Para organizar um pouco as ideias que surgem e tentar levantar  outras, um grupo de organizações não-governamentais se reuniu durante dois dias em Brasília. O encontro terminou ontem e a grande preocupação das pessoas ficou bem clara: os prejuízos socioambientais causados pelo crescimento acelerado da indústria extrativista mineral no Brasil. Dados apontam, segundo o site do Inesc (Instituto de Estudos Sócioeconômicos), que nos últimos dez anos a participação da indústria extrativa mineral no PIB cresceu 156%. Em 2000 representava apenas 1,6% e em 2011 passou para 4,1%.

Entrevistado pelo Inesc, Bruno Milanez, professor e pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora, alerta para o fato de que o comportamento do setor de mineração nos últimos anos se deve à volatilidade e ao aumento dos preços. E alerta: “É arriscado uma política de desenvolvimento que fortalece esse setor sem uma proteção sócio ambiental que possa diminuir os impactos nos momentos de crise ou nos momentos de esgotamento do recurso explorado”.

Segundo o site do Ibase, organização que está à frente do encontro, Além de uma reflexão crítica sobre o novo marco legal da mineração, os pesquisadores traçaram um cenário do pós-extrativismo, em que a exploração de recursos é feita de forma racional, com a participação das comunidades afetadas, rigoroso controle social e inclusão dos custos ambientais e sociais no valor dos produtos. No site do Instituto (ibase.org.br) há mais detalhes sobre a reunião

Belo Sun e a exploração de ouro com o consequente aumento de mercúrio na Amazônia - o som que ninguém ouve

Ouro e Mercúrio no Amazonas
Cientistas temem aumento de mercúrio na Amazônia
Publicado em 21/07/2012 às 18h10
Uma medida do governo do Amazonas para regulamentar os garimpos de ouro no estado está sendo questionada pela comunidade científica local, que teme o agravamento dos altos níveis de mercúrio nos rios da Amazônia. Usada na extração do minério, a substância tóxica é manejada pela crescente leva de pequenos garimpeiros que chega à região.

Publicada em 15 de junho, a resolução 011/2012 tem o objetivo de combater os garimpos clandestinos, estabelecendo normas para as cooperativas locais. Segundo os pesquisadores, porém, a normativa - feita sem que os estudiosos sobre os impactos ambientais fossem consultados - legitima o uso do mercúrio com uma fiscalização pouco eficiente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível máximo aceitável para o ser humano é de 50 partes por milhão (ppm) de mercúrio no organismo. Os pesquisadores lembram que em regiões amazônicas como o Alto do Rio Negro, com alto grau da substância naturalmente presente no solo, a concentração média em populações ribeirinhas chega a 70 ppm.

"Correr o risco de aumentar esse nível é uma temeridade, especialmente em áreas de alto consumo de peixe", afirma o diretor-geral do Museu da Amazônia, Ennio Candotti, que enviou ao governo estadual uma carta aberta de protesto.

A resolução propõe a fiscalização do uso obrigatório do cadinho, ferramenta que auxilia na extração do ouro e recupera o mercúrio queimado para evitar a contaminação. "Não há notícia de fiscalização eficaz no estado, o que torna pouco razoável acreditar que isso vá ocorrer. É preciso dizer qual o efetivo e com que frequência será feita a vigilância", afirma Candotti.

Hoje, segundo o Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, apenas no Rio Madeira cerca de 3 mil famílias dependem da atividade garimpeira. Pesquisadores da região alertam que a forte alta no preço internacional do ouro pode causar um aumento drástico na extração clandestina, que pode se refletir em maior contaminação de mercúrio.
Fonte: Agência Estado 



Belo Monte - no lugar das florestas - "Vamos dividir a riqueza do Brasil com os brasileiros!" - Lembram dessa frase de campanha?


Edição: Milana Santos 

SÁBADO, 8 DE SETEMBRO DE 2012

Novo estudo aponta graves consequências do desmatamento da Amazônia



 Stéphane Foucart
"A hidreletricidade amazônica cobre cerca de 65% da demanda em energia elétrica do país. Só que a eficiência
das usinas hidrelétricas está condicionada à vazão dos rios, e, portanto, parcialmente às chuvas"
  
As precipitações poderão diminuir 21% durante a estação seca até 2050, segundo um estudo

As florestas úmidas não são somente reservatórios de biodiversidade e de carbono: elas também contribuem amplamente para abastecer as regiões tropicais com chuvas. Ao associar observações por satélite a simulações digitais, pesquisadores britânicos conseguiram avaliar essa contribuição. Seus resultados, publicados na quinta-feira (6) na revista “Nature”, preveem uma forte queda nas precipitações na bacia amazônica caso o desmatamento continue no ritmo atual.

“Para mais de 60% das terras tropicais, o ar que circulou acima das zonas de densa vegetação produz pelo menos duas vezes mais chuvas do que aquele que circulou acima de zonas esparsas”, escrevem, na conclusão do estudo, Dominick Spracklen (Universidade de Leeds, Reino Unido) e seus coautores.

“Esses resultados são importantes, ainda que não fossem inesperados”, comenta Simon Lewis, pesquisador no departamento de geografia da Universidade de Leeds, que não participou do estudo. “As florestas tropicais reciclam a água da chuva devolvendo-a à atmosfera: elas participam do transporte da umidade por centenas de quilômetros. Esses estudos mostram, cuidadosamente, que o desmatamento em grande escala em um local pode afetar uma vegetação muito distante de lá, ao reduzir as precipitações”.

Em 2007, um estudo publicado na “Geophysical Research Letters” já havia sugerido que uma redução de 40% da superfície da floresta amazônica poderia desencadear uma mudança irreversível do clima regional para condições áridas.

Na mesma linha, mas com outros indícios, os trabalhos de Spracklen indicam que até 2050 a continuidade do desmatamento da Amazônia no atual ritmo levaria a uma queda média de 12% das precipitações sobre essa bacia durante a estação úmida e de 21% durante a estação seca.
A projeção desse declínio é ainda mais preocupante pelo fato de que envolve regiões que “já têm uma forte probabilidade de sofrer secas mais fortes até o final do século, caso a temperatura global aumente 3 graus Celsius”, escreve Luiz Aragão, pesquisador na Universidade de Exeter (Reino Unido), em um comentário publicado pela “Nature”.

As consequências dessa sobreposição de efeitos “aridificantes” – desmatamento e aquecimento – “poderão ser enormes”, diz Luiz Aragão. Em termos ambientais, mas também econômicos.

Primeiro, esse duplo efeito “teria um severo impacto sobre aquilo que restaria da floresta, possivelmente levando a condições secas demais para que ela consiga resistir”, detalha Simon Lewis. Começaria então uma espiral de declínio e, mesmo considerando que o desmatamento possa cessar completamente, o maciço florestal estaria condenado a longo prazo.

Segundo, uma grande redução das precipitações não ameaçaria unicamente a floresta em si, mas também as atividades agrícolas da bacia amazônica, que hoje geram cerca de US$ 15 bilhões por ano (cerca de R$ 30 bilhões) de rendas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Além disso, como ressalta Luiz Aragão, a hidreletricidade amazônica cobre cerca de 65% da demanda em energia elétrica do país. Só que a eficiência das usinas hidrelétricas está condicionada à vazão dos rios, e, portanto, parcialmente às chuvas.

No entanto, os trabalhos conduzidos por Spracklen não são o que se chama de estudo de “atribuição”: eles não avaliam o peso relativo da variabilidade natural do clima, do aquecimento em andamento e do desmatamento nos últimos grandes episódios de seca que atingiram recentemente a área.
Em 2005, uma primeira grande seca havia sido chamada de “seca do século”, antes de ser destronada, somente cinco anos mais tarde, por um episódio ainda mais grave.

A análise desses dois fenômenos excepcionais, conduzida por Simon Lewis e publicada em fevereiro de 2011 na revista “Science”, havia mostrado que em caso de reincidência de tais acontecimentos a floresta amazônica poderá não só deixar de exercer seu papel de esponja de dióxido de carbono (CO2) – ela absorve e armazena mais de 1 bilhão de toneladas de CO2 a cada ano - , como também poderia se tornar emissora de gás de efeito estufa.

Uma perigosa reviravolta, que perturbaria o ciclo do carbono, mas também... os mecanismos econômicos internacionais de compensação de carbono baseados no papel de regulador climático da floresta tropical.
De qualquer forma, Lewis acredita que o estudo publicado é “uma razão a mais para utilizar as terras já esvaziadas de maneira mais eficaz e parar de transformar a floresta tropical em terras agrícolas”.


Tradutor: Lana Lim
Fonte: le monde 07/09/2012


Brasileiros - o poder de um povo livre! 500 anos depois, novamente, nosso ouro vai para além de nossas fronteiras!


Mais excertos do site da Belo Sun:

Mineração Garimpeiros 

Muitas partes da propriedade Volta Grande foram minadas no passado por garimpeiros (mineradores artesanais). De 1960 para 1990, a nota média de material extraído de numerosos pequenos depósitos de ouro de aluvião da área é relatado para ser de até 3 oz / ton de ouro (relatos de garimpeiros locais).Estes incluíram a Ouro Verde, Gaúcho, Canela, Serrinha, Grota Seca, Galo, Japão, Nobelino, e outros trabalhos por garimpeiros perto da aldeia de Itata. Alguns desses trabalhos garimpeiros ainda estão ativos.

 

Exploração no passado

De 1996 a 1998, e Batalha TVX Gold Mountain Mineração (BMG), em parceria com a Companhia Nacional de Mineração (CNM), realizado exploração sistemática incluindo os de reconhecimento de mapeamento geológico, amostragem geoquímica fluxo de sedimentos, a perfuração do trado, perfuração de circulação reversa e diamante perfuração. TVX, em nome das outras duas empresas, concluída algumas 21.920 metros de perfuração de diamante e delineou poços preliminares para o desenvolvimento em quatro áreas-alvo. Em 2004, fundiu-se com TVX Kinross Gold Corporation (Kinross) e BMG foi adquirida pela Newmont Mining Corporation (Newmont).
Em 1998, a TVX encerrado a sua joint venture com a CNM e transferiu todos os seus interesses em relação à Volta Grande propriedade para a Confab, o proprietário original. Em 2003, Belo Sol (então Verena) compraram os direitos de propriedade e é a operadora atual. Relato detalhado de exploração passado é fornecido em uma Nota Técnica anterior por Scott Wilson RPA (Agnerian, 2004).


Lula e Dilma recebem cocar dos indígenas do Amazonas, em 2010, como sinal de confiança e gratidão pela segurança que ele acreditavam ter de que suas terras seriam preservadas


O que você diz de tudo isso?
O que pode o povo opinar, quando as coisas acontecem sem seu conhecimento?








Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista de coração
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil