Por Marise Jalowitzki
06.maio.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/05/tdah-muita-muita-conversa-menos-muito.html
A polêmica sobre o controverso TDAH continua. Mas, não é isso que verdadeiramente importa. Mais do que "aceitar" o NOME que se dá a uma serie de comportamentos é AJUDAR a pessoinha que está sendo vista (e tratada) como um 'diferente', como um alienígena, como um 'doente mental'! E ajudar não é moldar, não significa colocar na caixa do instituído. É, mais que tudo, ouvir, sentir, procurar entender, procurar colocar-se no lugar dela(e) e auxiliar na inserção ao mundo. É, portanto, muito mais um movimento do mundo adulto vir AO ENCONTRO da criança, ao invés de rotulá-la e querer que ela se amolde aos ditames sociais, aos padrões hermeticos que judiam a todos, mesmo os mais 'certinhos'.
Esta tentativa de adequar pode acontecer nos lares, mas, nao só! Muitas vezes é da escola que vem a maior pressão. Transcrevo do Livro TDAH Crianças que Desafiam:
"A tentativa do meio em
transformar todos em normais pode ser
considerada, também, uma síndrome. Síndrome de normose, dos que querem tudo normal,
segundo as normas, as leis. Este processo começa a ser reconhecido pela criança
já pelos dois anos, quando vovó só dá um pirulito se ganhar um abraço. As
trocas, as barganhas, o toma-lá-dá-cá, as relações de interesse e a falta de
honestidade acompanham as nossas vidas e, em algumas crianças, acabam sendo
incorporadas como naturais. Ao chegar à idade escolar, o cenário é o mesmo. Fazer o que todos dizem
para fazer, sem questionar, para ser aceito e aprovado. Práticas inusitadas são
francamente desaprovadas.
(...)
Agora, para o aluno que não
aceita o “senta-quieto-escuta-sem-se-mexer-e-responde-a-resposta-certa”, para
aquele que não quer ou não consegue, o caminho é cada vez mais curto: medicação já!
Para muitas das instituições
escolares, optar pelo uso de psicotrópicos é uma decisão, no mínimo,
conveniente. No parecer destas instituições, especialmente os meninos precisam
ser ajustados para serem dóceis e bem comportados, a fim de serem considerados
saudáveis. Saudável, então, não é mais aquele que pula, grita, canta, dança, ri
e tem alegria de viver. Saudável, nas escolas, são os que são suaves nos gestos
e no tom de voz, calmos, tranquilos, dependentes, passivos e submissos. Acaso isso
combina com jovens, especialmente em meninos? Claro que não!" (págs 83 e 84 - Cap. 5 - Adolescência, Agressividade e Mentiras)
Por mais estranho que possa parecer para alguns, TDAH existe, sim.
Mas, são características-sintomas, não uma doença.
Notem que nem a classe médica chama de "doença" e, sim, transtorno. A alegação é que "não é doença porque não tem cura"!
Entretanto, até agora, uma anomalia notadamente neurológica, não foi devidamente comprovada. E, mesmo nos experimentos em ratos, a capacidade de retorno, apenas algumas horas após, sequer foi considerada pelos pesquisadores.
Pessoas sempre foram e sempre serão diferentes entre si. Diferentes métodos e abordagens para conhecer e classificar esta diversidade continuam sendo praticados e oferecidos.
Pessoas procuram entender-se (e entender àqueles aos quais querem bem e, em uma extensão maior, a todos com quem interagem).
Assim, alguns fazem terapia com psicólogos. Diferentes abordagens estão à disposição nesse processo de autoconhecimento:
- fenomenológica ou humanista - abarca o indivíduo através de sua história e a influência dos acontecimentos em sua vida.
- cognitivo-comportamental - parte de um princípio de que o indivíduo precisa se conectar com o meio em que se insere, e procura, assim, dotar o cliente-paciente de condições de responder com comportamentos previsíveis-esperados nos ambientes onde ele convive.
Também a abordagem Junguiana (que utiliza os sonhos do indivíduo) e a Análise Transacional, que cuida da criança e do adulto e suas relações intra e interpessoais.
O mapa natal, na astrologia, 'diagnostica' pelo signo (data de nascimento + meridiano do local) e suas características. Muitas empresas utilizam tais conhecimentos. Um Banco forte no país contratou um astrólogo aqui da região metropolitana, todos os meses, para, a partir das características de cada signo, aprimorar produtividade e convívio.
A PNL - Programação Neurolinguística classifica como visual, auditivo ou cinestésico, sendo as pessoas identificadas pela capacidade de absorver informações e perceber circunstâncias, e direcionadas para diferentes atividades e-ou profissões onde, com aquelas características, melhor se adequem.
Várias linhas estudam as pessoas sob 4 grupos, comparando às lições dos 4 Elementos - Terra, Fogo, Água, Ar, incluindo as pessoas, sob este prisma, também para aproveitamento segundo suas capacidades naturais. Eu mesma trabalhei por anos em eventos de Desenvolvimento Pessoal, de Equipes, Gerencial e de Lideranças - Os Quatro Perfis no Ambiente de Trabalho.
Também há a ótica do Gollemann e as Inteligências Múltiplas.
A Noergologia.
EFT.
Memória Akashica.
E várias outras abordagens.
Tudo são filosofias e visões inclusivas,que buscam identificar as habilidades, qualidades e características de cada indivíduo e aproveitá-las da melhor maneira possível. Não uniformizar sob mesmos comportamentos e reações. Manter a diversidade, aprimorando as relações e o desempenho.
Aí, chega uma tremenda propaganda sobre o "quick and easy" - "ligeiro e fácil" e a onda da medicalização pega. Esta 'abordagem' medicamentosa prega que com um 'comprimidinho mágico' tudo se resolve (e melhor: rapidinho!) e, ponto! E pronto! Passa-se a ver nos psicotrópicos a "transformação" que "precisa" acontecer para que todas as crianças pensem igual, ajam igual, sintam e reajam igual! Ocorre o mesmo com os seres humanos adultos!
Vários adultos (crianças humilhadas no passado) hoje lamentam "não ter sido medicadas na infância! Nem sabem o que dizem! Crianças com 2, 3 anos, atualmente, estão a receber psicotrópicos em seus corpinhos em desenvolvimento, com consequências que nenhuma farmacêutica se dispõe a divulgar. Nem as clínicas. Nem a mídia.
Não dá certo! Nunca dará!
Sim, existe hoje uma pressão bastante grande para identificar "transtornos" e medicar.
Torço para que todos os pais consigam a calma necessária.
Na maioria das vezes, após os exames feitos em uma criança, o diagnóstico confirma TDAH.
Medicar ou não medicar. É preciso seguir o coração.
Ainda que seja assim é preciso lembrar que há outros tipos de tratamentos. E que a primeira intervenção deve ser a terapia, e não a medicação. A segunda intervenção tem de ser uma conjugação de esforços da família + escola + terapeuta.
Não é correto, nem justo, nem procedente que a responsabilidade recaia sobre os ombros da criança.
Também as questões de 'herança' genética estão sendo cada vez mais contestadas, deixando para as influência do meio, as exigências do meio, as cobranças do meio, a maior responsabilidade.
Uma criança nasce considerando-se amada e digna de receber Amor. O que faz com que mude de percepção e sentimento, são as ações dos adultos sobre ela, seus julgamentos, críticas, a não aceitação.
E, caso a mãe ou o pai efetivamente sentir que a criança precisa de algum reforço medicamentoso, importante consultar um homeopata, informar-se sobre os florais.
Também o Reiki, massagem, rever a alimentação (o menos industrializada possível), retirar os eletrônicos do quarto, monitorar as horas que a criança usa os eletrônicos na sala, tudo ajuda!
Passeios ao ar livre, um animalzinho pet. Folhagens dentro de casa para absorver os venenos no ar.
E, mais do que tudo, Amor.
Amor é que proporciona ao(a) pequeno(a) saber-se aceito e querido, o que só faz aumentar a confiança em si. E a confiança que ele sente dos pais para com ele é fundamental para sua Autoestima.
Não permita que o medo cegue a sua compreensão!
Vai dar tudo certo!
O medo é o caminho para o lado obscuro.
Medo leva à raiva.
A raiva leva ao ódio.
Ódio leva ao sofrimento.
Fear is the path to the dark side.
Fear leads to anger.
Anger leads to hate.
Hate leads to suffering.
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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