19.fevereiro.2015
Plenamente de acordo com o que o pesquisador da Unicamp diz. Guilherme do Val Toledo Prado analisa a questão da quantidade, da disposição das 'carteiras' e o distanciamento natural professor-aluno.
O que me pergunto é: Até quando vamos [apenas] discutir o óbvio? as soluções são sabidas, a necessária mudança de metodologia, mais que conhecida...caindo de madura! A propaganda na tv, pedindo a 'participação popular' (mais uma vez) para o projeto www.diretorprincipal.mec.gov.br - está em um site que não consigo abrir!!!
E a proposta que incluo em meu livro TDAH Crianças que Desafiam - "Escola Saudável na Prática" - baseada em projetos vitoriosos já realizados na Europa, recebe de algumas diretoras de escola a seguinte avaliação: "De lúdico já estamos cheias!"...
E a proposta que incluo em meu livro TDAH Crianças que Desafiam - "Escola Saudável na Prática" - baseada em projetos vitoriosos já realizados na Europa, recebe de algumas diretoras de escola a seguinte avaliação: "De lúdico já estamos cheias!"...
Então tá! "Mãos sobre a mesa, pernas imóveis, olhar direcionado, boca fechada, ouvido???... por certo que não está atento!!!"
Só que as crianças estão cada vez mais insatisfeitas, aceitando menos este jeito "politicamente correto" em que ninguém mais crê. Calar estas crianças com psicotrópicos não foi nem nunca será a solução.
Como dizem os que sabem: "Só aprendo quando vivencio!!!"
Pág 11 - Livro TDAH Crianças que Desafiam
"A tentativa dos cientistas de
moldar as mentes das pessoas, formatar um mundo previsível, mudar, adequar e
adaptar jeitos de pensar, jeitos de viver, reagir e sentir aumenta de modo
perverso a cada dia. Não é só mais a oferta de produtos e serviços que nos
homogeiniza. Também existe uma forte tendência para que todos pensem igual,
reajam igual, produzam igual. A medicina, as experimentações científicas em
todos os campos, as invenções da
engenharia genética há muito deixaram de ter apenas o objetivo de melhorar a saúde humana e a qualidade de
vida. Ela também quer alterar padrões de comportamento, trazer os indivíduos
para perto de um mesmo escore, um mesmo resultado esperado, desconsiderando as
diferenças de cada um, seus anseios, tendências e ideais."
Vamos ver se mais pessoas acordam! Em qualquer cursinho de Oratória aprende-se que a capacidade humana, mesmo em uma palestra interessante, não consegue reter a devida atenção por mais de 20 minutos, apenas ouvindo!!
Vamos ver se mais pessoas acordam! Em qualquer cursinho de Oratória aprende-se que a capacidade humana, mesmo em uma palestra interessante, não consegue reter a devida atenção por mais de 20 minutos, apenas ouvindo!!
Segue transcrição da matéria veiculada pelo UOL, além dos ricos comentários ao final desta página.
Não dá para pensar que aluno quieto e sentado por 5 horas está estudando!
Por Thiago Varella
Do UOL, Campinas, SP
As salas de aula na maioria das escolas brasileiras seguem o mesmo padrão: carteiras individuais enfileiradas abrigando um grande números de alunos por classes.
Neste começo de ano, em São Paulo, os professores da rede estadual de ensino denunciam que as salas estão ainda mais lotadas, com, muitas vezes, mais de 50 estudantes se apertando em poucos metros quadrados.
Para Guilherme do Val Toledo Prado, doutor em educação e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), é impossível aprender nessas condições.
Não existe no Brasil uma lei que determine o limite de alunos por sala de aula - o que existem são projetos de lei que tentam estabelecer o limite de 25 alunos nos cinco primeiros anos do ensino fundamental e 35 estudantes nos anos seguintes.
"As salas de aula devem ter, no máximo, 30 alunos. E isso pensando no estilo brasileiro de carteiras. O ideal seria ter mesas, bancadas, estímulos à cooperação entre estudantes, com 25 pessoas por classe", explicou Prado. Nos primeiros anos de estudo, este número seria ainda mais baixo de, no máximo, 20 estudantes.
Prado conta que o ensino público no Brasil e, em especial, em São Paulo, prioriza a utilização do metro quadrado por pessoa em sala de aula. No entanto, do ponto de vista pedagógico, é preciso transformar o ambiente de ensino em função das necessidades pedagógicas.
"O Estado cria a impossibilidade de transformar o espaço diversamente. É a famosa fileira de carteiras com muitos alunos. Isso inviabiliza a possibildade de ter várias formas de trabalho. É o que acontece em várias salas de aula de trabalho", contou.
O velho modo de dar aulas com alunos sentados de maneira individual, ouvindo em silêncio a explicação dos professores, deve ser apenas uma das maneiras de se ensinar. Uma sala de aula menor, na visão do professor, estimula situações coletivas, debates e o trabalho de maneiras diversificadas.
"Em sala de aula, o individual não pode ser a regra. Não dá para pensar em alunos quietos sentados por cinco horas seguidas na mesma posição e pensar que estão estudando", afirmou.
Na Europa, segundo ele, o professor é um grande orientador e trabalha como mediador. Apenas 40% da aula é usada para que o professor fale. Além disso, salas de aulas lotadas desvinculam o professor da turma e fazem com que ele não conheça bem os alunos para quem está ensinando.
"Se você tem 80 alunos em uma sala, só consegue trabalhar com parâmetros, mas não consegue atingir a todos. Eu gosto de usar o conceito de agrupamentos produtivos, isto é, o aluno que tem bagagem em determinado assunto trabalha com quem não tem, e em outras matérias isso se inverte. Para organizar isso, o professor precisa conhecer os alunos, claro", explicou.
A Apeoesp contabiliza mais de 3.032 classes fechadas em todo o Estado e denuncia que algumas turmas tem até 80 alunos matriculados. A Secretaria Estadual da Educação diz que o problema é pontual e que a distribuição dos alunos por turma ainda está sendo ajustada.
Comentários importantes:
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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