Portugal e São Paulo, além dos EUA, envolvidos no escândalo do lixo hospitalar que vira roupa
Por Marise Jalowitzki
20.outubro.2011
http://ning.it/pb8Snv
A lista de estados onde o lixo hospitalar de diferentes origens é comercializado abertamente, não para de crescer.
Até agora, além de Pernambuco, também já foram flagradas lojas em Goiania (GO), Ilhéus (BA), Teresina (PI), São Paulo (SP). Lençóis, jalecos, fronhas, toalhas e forros de bolso de bermudas, casacos, calças, todos com tecido oriundo de lixo hospitalar, estão sendo encontrados em diversos estados brasileiros.
As notícias dão conta de, além de Pernambuco, também a Bahia, Goiás e São Paulo já denunciaram a comercialização de roupas cujos bolsos contem ainda as inscrições, visíveis, dos hospitais envolvidos.
E o envolvimento também é de grandes redes de hospitais brasileiros, o que é crime!
E agora, não é só dos EUA, não. Também o Hospital Garcia, de Portugal e São Lucas, de São Paulo, entraram na lista. Mais a Unimed, o Panamericano, o São Luiz... Quantos mais? Ao que se vê, o escândalo é bem maior do que se pensava!
Isto não é somente fraudar a lei.
É desacreditar na lei.
Falar em saúde pública, logo com os órgãos da saúde? Parece brincadeira. E é. Só que de muito mau gosto!
O FBI já está em Pernambuco.
O relações públicas do São Lucas diz desconhecer o fato.
As notícias, além do encontrado da Tribuna da Bahia, também foram veiculadas no Jornal Hoje, agora há pouco, mas ainda não deu para capturar os detalhes por escrito ou em video. Fica só a palavra desta cidadã que vos escreve, pois assisti ao noticiário. Só espero que não omitam as informações precisas e verdadeiras, pois o caso é G-R-A-V-Í-S-S-I-M-O!
Parece ser uma prática usual! E com mais de onze anos!
As pessoas que foram entrevistadas estão assustadas, por desconhecerem os fatos. Agora, as lojas estão vendendo as calças jeans e as bermudas todas pelo avesso, para que os clientes verifiquem se há ou não inscrição, o que não inviabiliza a possibilidade de ser, ainda assim, tecido com origem contaminante. Sim, pois foi a certeza na impunidade que fez com que o empresário Altair Moura - que continua foragido - não ter nem a preocupação de cortar as inscrições! Desonestidade arrogante!
E, os que compraram os tecidos para confeccionar e vender as roupas, também foram negligentes, pois, ao perceber as inscrições, nem se preocuparam em saber o que era, de onde era.
Será que o hotel, em Pernambuco, achou bacana ter uma escrita em inglês para ostentar? Claro, pois, para muitos, pensamento colonial tem de copiar importação!
Do G1 - 19.outubro.2011
Outros flagrantesO Hospital Regional Belarmino Correia, em Goiania, Zona da Mata, é mais um dos estabelecimentos que estão usando lençóis que teriam sido reaproveitados de hospitais dos Estados Unidos. Nas inscrições dos lençóis está a confirmação de que eles pertenciam a quatro unidades hospitalares diferentes dos EUA. A direção calcula que os lençóis estão em uso há pelo menos quatro anos e meio.
Outro caso, foi o de uma loja no centro de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano, interditada pela Polícia Civil em cumprimento a uma ordem judicial. No local, agentes encontraram tecidos com caracteres em idioma estrangeiro, bem parecidos aos que estavam em outro depósito fechado na cidade, para onde iriam as cargas de lixo hospitalar apreendidas no Porto de Suape, no dia 11 de outubro.
Em Caruaru, também no Agreste, a reportagem do G1 encontrou outra loja que vendia tecidos com inscrições em inglês, semelhantes ao apreendidos pela Receita Federal, em Suape. Nos panos, comprados há pelo menos seis meses de um mesmo fornecedor de Santa Cruz do Capibaribe, é possível ler as inscrições "serviço de saúde" em inglês, como nos encontrados em um hotel em Timbaúba por uma equipe de reportagem da Globo Nordeste.
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2011/10/dona-de-casa-diz-ter-comprado-lixo-hospitalar-em-loja-do-centro-do-recife.html
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Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil
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