Somos destruidores em potencial. Comparada às outras cinco grandes, esta seria a mais rápida extinção em massa já documentada. |
Estudo alerta para possibilidade de extinção em massa na Terra - Isso será logo?
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Estudo alerta para possibilidade de extinção em massa na Terra
Por Marise Jalowitzki
02.março.2011
Os problemas que vejo em publicações como o conteúdo descrito a seguir são:
- a população leitora é imediatista - portanto, falar em extinção para daqui a 3, 5 séculos, está "bem longe" e não a afeta (a população leitora), portanto, parece não exigir responsabilidade individual para a melhoria do quadro
- o conteúdo anunciado, apesar de alertar, não conclama os cidadãos para uma ação efetiva, dando a entender que é "apenas informação" para "alguns". Uhm! interessante!...
- o conteúdo em si, mesmo tendo todo o crivo prevencionista, parece se desdizer da metade para o fim. Fica um sabor de "sei-lá-entende?"
Ainda assim, bastante válido transmitir.
Parece, nas publicações, persistir o medo básico de informar a população leiga para temas mais preocupantes. As pessoas, entretanto, são curiosas. É da natureza humana ser curioso. Disso se aproveitam os filmes fantásticos para arrecadar recordes em bilheteria. Disso se aproveitam até mesmo os blogueiros para atrair a atenção.
Toda a mídia está investindo no sensacionalismo. Isso é ruim. Passa-se a procurar por aquilo que dá suspense, que lida com o incerto e com o duvidoso, ao invés de conclamar as pessoas para o que precisa ser feito, já!
Somos destruidores em massa, sim.
Somos detonadores de habitats naturais, aos milhares, de muitas e muitas espécies, sim.
Os trabalhos de restauração e preservação são infinitamente menores do que os de devastação, sim.
As pessoas, incluindo nações desenvolvidas, acreditam sempre no poder da reparação. "Correr atrás do prejuízo" é a tônica, ao invés de prevenir. "Depois a gente vê o que faz!" ainda é o costumeiro, ao invés de planejar e agir preventivamente.
Países desenvolvidos investem bilhões em tecnologia ambiental para tentar remediar o mal que já foi feito. |
Países "desenvolvidos" financeira e tecnologicamente investem bilhões em modos de reverter as questões básicas de toxicidade, de degradação, de exclusão sócio-ambiental.
É uma torrente avassaladora.
"As novas ameaças são fruto da ação humana: a redução dos hábitats, a caça e pesca excessivas, a disseminação de germes e vírus, a introdução de espécies e as mudanças climáticas provocadas pela emissão de gases causadores do efeito estufa."
A situação é grave.
Para quem tem filhos, exige a adoção de postura responsável, cuidando do meio ambiente.
Para quem não tem filhos, mas tem parentes, e os ama, é a mesma necessidade responsável.
Para quem não tem parente nenhum, mas ama as pessoas e o mundo, igualmente precisa se posicionar em prol da vida.
Para quem não tem parente nenhum e não ama a ninguém, nem a si mesmo, ainda assim precisa se responsabilizar por seus atos, pelo menos para ver no que vai dar. É curiosidade em xeque outra vez.
É preciso conscientizar mais e mais a população alienada.
É preciso cobrar dos que detem o poder.
É preciso que as pessoas manifestem vontades, tendências e necessidades.
É preciso que cada um continue fazendo a sua parte, cuidando e preservando a natureza e os seres que nela habitam.
"Até hoje, 1,9 milhão de espécies foram identificadas e documentadas pela ciência, entre 16.000 e 18.000 - a maioria, seres microscópicos - são descobertas a cada ano."
Ou seja, o que mais prolifera são seres miúdos, que podem se combinar de formas novas (e diferentes), trazendo um mundo novo e imprevisível.
Marise Jalowitzki
Escritora, pós-graduada em RH pela FGV, international-speaker pela IFTDO-EUA.
Porto Alegre - RS - Brasil
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Estudo alerta para possibilidade de extinção em massa na Terra
02 de março de 2011 • 12h27 • atualizado às 13h18
A raça humana pode ter provocado a sexta onda de extinções em massa na Terra, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista Nature. Ao longo dos últimos 540 milhões de anos, cinco extinções em massa de espécies foram causadas por fenômenos naturais.
As novas ameaças, entretanto, são fruto da ação humana: a redução dos hábitats, a caça e pesca excessivas, a disseminação de germes e vírus, a introdução de espécies e as mudanças climáticas provocadas pela emissão de gases causadores do efeito estufa.
Evidências coletadas em fósseis sugerem que, nas cinco grandes extinções anteriores, 75% de todas as espécies animais simplesmente desapareceram.
Paleobiólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley estudaram a situação da biodiversidade nos dias de hoje, utilizando como barômetro as espécies de mamíferos. Até a grande expansão da humanidade, há cerca de 500 anos, a extinção de mamíferos era muito rara: em média, apenas duas espécies pereciam a cada milhão de anos.
Nos últimos cinco séculos, entretanto, pelo menos 80 das 5.570 espécies conhecidas de mamíferos foram extintas, um claro sinal de alarme para os riscos à biodiversidade. "Parece que os níveis modernos de extinção se assemelham ao patamar registrado pelas extinções em massa, mesmo depois do nível mínimo para definir uma extinção em massa ter sido ampliado", disse o pesquisador Anthony Barnosky.
Este cenário torna-se ainda mais assustador com a quantidade de mamíferos incluídos nas categorias "risco crítico" e "ameaça" da Lista Vermelha da biodiversidade, atualizada pela União Internacional pela Preservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Na hipótese de todas estas espécies terminarem extintas sem que a redução da biodiversidade seja combatida, "a sexta extinção em massa pode chegar dentro de pouco tempo, daqui a entre três e 22 séculos", afirmou Barnosky.
Ondas de extinção
Comparada às outras cinco grandes, esta seria a mais rápida extinção em massa já documentada. Quatro destas ondas de extinção ocorreram num lapso estimado de centenas de milhares e até milhões de anos, e foram causadas principalmente por aquecimento ou resfriamento global provocados naturalmente.
A extinção mais abrupta já estudada pela ciência aconteceu no fim do período Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, quando um cometa ou asteróide caiu sobre a península de Yucatán, no atual México, provocando tempestades de fogo cujas cinzas resfriaram o planeta.
Os cientistas estimam que este evento tenha sido responsável pela extinção de 76% das espécies que habitavam a terra, incluindo os dinossauros.
Incertezas
Os autores do estudo, entretanto, admitem algumas fraquezas de seu trabalho. Eles reconhecem, por exemplo, que os registros fósseis disponíveis são pouco completos, e que os mamíferos são um marco referencial imperfeito para medir a biodiversidade da Terra. Além disso, estimam que serão necessários estudos mais profundos para confirmar sua hipótese.
Por outro lado, os próprios pesquisadores indicam que suas estimativas são conservadoras, e alertam que uma extinção em grande escala teria um impacto inimaginável sobre a vida humana. "A recuperação da biodiversidade (após uma extinção em massa) não ocorrerá dentro de um período de tempo familiar às pessoas", afirma o estudo.
"A evolução de novas espécies geralmente leva pelo menos centenas de milhares de anos, e a recuperação de episódios de extinção em massa provavelmente acontece em uma escala de tempo que engloba milhões de anos".
Mesmo assim, os pesquisadores apontam que ainda é possível ter esperança. "Até agora, apenas 1 ou 2% de todas as espécies foram extintas nos grupos que conhecemos claramente, então estes números indicam que não estamos tão avançados assim na estrada para a extinção. Ainda temos muita biodiversidade para salvar", indicou Barnosky.
Mesmo assim, "é muito importante que dediquemos recursos e adotemos leis e normas para proteger as espécies, se não quisermos ser a espécie cujas atividades provocou uma extinção em massa". Até hoje, 1,9 milhão de espécies foram identificadas e documentadas pela ciência, entre 16.000 e 18.000 - a maioria, seres microscópicos - são descobertas a cada ano.
Carta do cacique seatle ao presidente norte americano.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=oWjNTPJsSO4&feature=related
Abraços Verdes e Azuis!
Amigo! Estou publicando hoje, em um momento tão especial e trise, como é a situação vivida pelo Japão! 23 abalos - é terremoto demais! E tsunami como nunca antes visto!
ResponderExcluirConheço o texto do video que referencias. Em video, nunca vi.
Quanta verdade!
Com certeza, a semeadura é livre, a colheita, obrigatória!
Abraços fortes e marrons como o tronco de uma grande e centenária casca de árvore!