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Os pesquisadores de genética da Universidade Duke publicaram suas descobertas na revista Neuron, no dia 16 de outubro. A pesquisa sobre o aminoácido não essencial começou quando duas famílias separadas em Israel, ambas de ascendência judaica iraniana, tiveram filhos com circunferência da cabeça menor que cresce progressivamente atrofiada, acompanhados por profundo atraso no desenvolvimento e convulsões. |
18.dezembro.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/12/microcefalia-pode-ser-causada-pelo.html
Qualquer um fica intrigado!!
Todos comentam: Como assim? Um virus antigo, descoberto em um continente com climas secos e quentes, com desigualdades sociais incríveis como a África e os números de microencefalia não são um registro que alarme?
É preciso, mais do que assustar as mamães e a população inteira, é preciso pesquisar mais fundo!
A FioCruz, há poucos dias, desmentiu o que chamou de 'boato', em nota oficial, de que a microencefalia encontrada especialmente na região nordeste, notadamente em Pernambuco, fosse a causa. "Faltam mais pesquisas, averiguação, resultados científicos", afirma a Fundação. Parece que não foi dito nada. Os milhões continuam sendo destinados em cada estado brasileiro para a Saúde, agora direcionados (os milhões) para ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
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Leia mais sobre a nota da Fiocruz aqui: Fiocruz desmente boatos de que Zika cause problemas neurológicos em crianças
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Questões históricas de problemas sociais como a seca, má nutrição, falta de saneamento básico e o uso indiscriminado de agrotóxicos, seja nas lavouras (para os que pertencem à área agrícola e manuseiam pesticidas todos os dias) seja nos centros urbanos (para os que consomem os produtos com venenos).
Claro que assumir que temas como os descritos possam ser a causa, ensejam ações determinantes junto ao setor do agronegócio, significa uma combate ao uso de pesticidas em nível nacional e isto, com certeza, exige uma outra forma de pensar a vida em nosso país, há anos ocupando o triste 1º lugar em uso (e consumo) de agrotóxicos no mundo.
O herbicida 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético) foi desenvolvido a partir de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, sendo na década de 1960 um dos componentes do agente laranja (junto com o 2,4,5-T, na Guerra do Vietnã).Conheça também os tratamentos e cuidados |
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento
A criança com microcefalia pode ter outros problemas como:
- Retardo mental
- Atraso nas funções motoras e de fala
- Distorções faciais
- Nanismo ou baixa estatura
- Hiperatividade
- Epilepsia
- Dificuldades de coordenação e equilíbrio
- Alterações neurológicas.
Algumas crianças com microcefalia terão a inteligência normal.
Os pesquisadores de genética da Universidade Duke publicaram suas descobertas na revista Neuron, no dia 16 de outubro. A pesquisa sobre o aminoácido não essencial começou quando duas famílias separadas em Israel, ambas de ascendência judaica iraniana, tiveram filhos com circunferência da cabeça menor que cresce progressivamente atrofiada, acompanhados por profundo atraso no desenvolvimento e convulsões.
Microcefalia: Herbicida 2,4-D pode ser um dos causadores
POR REVISTA ECOLÓGICA
REDAÇÃO · 25/11/2015
A mídia alarmou esta semana sobre o surto de microcefalia no Nordeste do país. Mas o que não foi noticiado e, possivelmente pode ser a causa, é o uso indiscriminado do herbicida 2,4-D.
O herbicida 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético) foi desenvolvido a partir de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, sendo na década de 1960 um dos componentes do agente laranja (junto com o 2,4,5-T, na Guerra do Vietnã). É um produto que tem eficácia contra plantas de folhas largas, sendo por isso utilizado para desbastar as florestas, em mais uma guerra provocada, onde os EUA alegava seu uso para poder “enxergar seus inimigos”. Porém, mais do que isso, foi usado como arma química, causando a morte e malformações em milhares de pessoas (**). Ironicamente, a empresa Dow é do mesmo país (EUA) que se diz contra as armas químicas e usa esta “justificativa” para poder atacar agora a Síria.
Estudo sobre a toxicidade do herbicida 2,4-D e sua relação à microcefalia:
A toxicidade aguda e crônica de curto prazo tanto do herbicida n-butil éster do ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) e uma formulação comercial (CF) foram avaliados em embriões Rhinella arenarum (antigamente chamado de Bufo marinus) em diferentes estágios de desenvolvimento.
Os efeitos adversos foram analisados por meio das curvas iso-toxicidade para mortalidade, malformações, susceptibilidade dependente de fase, e características ultraestruturais.
Para todas as condições experimentais, o CF foi mais tóxico, até 10 vezes, do que o ingrediente ativo, sendo a fase de boca aberta (S.21) a mais sensível ao herbicida. Para as condições de tratamento contínuo, o desenvolvimento embrionário inicial foi o mais suscetível ao 2,4-D e ao LC50 respectivamente.
Além disso, tanto o ingrediente ativo quanto o CF foram altamente teratogênicos, resultando em tamanho reduzido do corpo, atraso no desenvolvimento, microcefalia, agenesia das guelras, e processos de proliferação celular anormal, como principais efeitos adversos.
De acordo com a EPA dos EUA, o 2,4-D em cenários agrícolas pode ser até três vezes mais elevado do que os valores NOEC para efeitos teratogênicos relatados neste estudo. Portanto, eles podem representar um risco para os anfíbios. Este estudo também destaca a relevância de informar a susceptibilidade dos embriões em diferentes estágios de desenvolvimento tanto para o ingrediente ativo e o CF dos agrotóxicos, a fim de proteger os organismos não visados.
Leonardo Melgarejo, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos, alertou que a sociedade está sendo enganada com o discurso de que a presença dos agrotóxicos limita-se à lavoura. “Esse tema diz respeito igualmente ao campo e à cidade. Não existe uma ingestão diária aceitável de agrotóxico, nem um limite mínimo que pode ser considerado seguro. O consumo anual de veneno no Brasil já supera o estágio do balde por pessoa”, disse o engenheiro agrônomo.
Falta apoio de universidades e laboratórios
Carlos Paganella, procurador do Ministério Público do Rio Grande do Sul e coordenador do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, afirmou que a Anvisa tem sido insuficiente para barrar o uso de substâncias como o paraquat, o 2,4 D e o glifosato. Além disso, acrescentou, muitas dessas substâncias estão sendo utilizadas para outros fins do que aqueles que são indicados.
“O glifosato está sendo usado para dessecar o trigo e antecipar a safra. O Mertin 400, um fungicida de contato da Syngenta, está sendo usado para combater um caramujo nas lavouras de arroz irrigado, o que é uma insanidade que coloca em risco a fauna destas áreas”, apontou. “Temos uma situação de descontrole e falta de fiscalização e somos fracos. Não temos a Universidade Pública trabalhando do nosso lado, produzindo pesquisas e estudos científicos sobre essa realidade. Também não temos o apoio de laboratórios de referência, uma condição necessária para resolvermos o tema das perícias”, assinalou ainda Paganella.
O procurador apontou outros buracos na regulação que alimentam essa situação de descontrole. Segundo ele, hoje, o maquinário agrícola não tem registro e regulação alguma. Além disso, acrescentou, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é omissa no tema da pulverização aérea, o que permite que aeronaves façam a pulverização sem observar margens de segurança e distâncias mínimas em relação a fontes de recursos hídricos e áreas habitadas. A pulverização terrestre também é feita sem regra alguma. Para completar esse quadro, o contrabando de agrotóxicos segue ativo e, segundo algumas pessoas que atuam na área, é mais rentável hoje que o tráfico de drogas. Outra ausência de regulação apontada por Paganella é a falta de notificação compulsória, pelos médicos, dos casos de contaminação por agrotóxicos.
Asparagina e o cérebro
O cérebro requer asparagina para o desenvolvimento e funcionamento normais
A asparagina é considerada ser um aminoácido não essencial. A proteína é encontrada em carnes, laticínios e nozes. Os cientistas descobriram que uma mutação genética recessiva que afeta a síntese da asparagina afeta o desenvolvimento essencial do desenvolvimento do cérebro normal e função.
Os pesquisadores de genética da Universidade Duke publicaram suas descobertas na revista Neuron, no dia 16 de outubro. A pesquisa sobre o aminoácido não essencial começou quando duas famílias separadas em Israel, ambas de ascendência judaica iraniana, tiveram filhos com circunferência da cabeça menor que cresce progressivamente atrofiada, acompanhados por profundo atraso no desenvolvimento e convulsões.
Goldstein e seus colegas analisaram variantes genéticas que foram compartilhadas pelos dois filhos afetados pelo desenvolvimento anormal do cérebro, mas não ocorrem na população normal. A mutação diretamente ligado à condição das crianças foi localizada no gene da sintetase da asparagina, ou ASNS, o qual controla a produção do metabolito asparagina a partir de outros aminoácidos.
Duas outras famílias localizadas no Canadá tiveram filhos que nasceram com problemas semelhantes. A análise Genética apontou para as mutações nos mesmos genes ASN.
Ao investigar os casos, os pesquisadores descobriram que cada um dos pais nestas quatro famílias compartilhavam uma característica recessiva rara que, por acaso, combinaram para resultar em um distúrbio do desenvolvimento recém-identificado em seus filhos. Mais casos poderão vir à tona, agora que a mutação do gene foi identificada.
Goldstein destacou que outras deficiências semelhantes na sintetização de aminoácidos que causam problemas neurológicos foram identificados recentemente. Estas condições têm mostrado melhora com o uso de suplementos alimentares, sugerindo que os prejuízos causados pela mutação dos genes ASNS podem se beneficiar da suplementação de asparagina.
“Um tema emergente é que, com estes aminoácidos “não essenciais”, o metabolismo deles não importa“, disse Goldstein. “Esta via metabólica é importante, e pode ser que a quantidade de asparagina seja a chave, ou uma formação da toxina nesse caminho causado pela mutação.”
“Este aminoácido não essencial tem diferentes níveis dentro e fora do sistema nervoso central, e pode ser que dentro do sistema nervoso central, que ele desempenhe um papel fundamental“, disse David B. Goldstein, Ph.D., diretor do Center for Human Genome Variation e professor de Genética Molecular e Microbiologia e professor de biologia na Escola de Medicina da Universidade Duke. “O que é interessante neste caso é se nós podemos trabalhar como ele funciona, um tratamento pode ser a suplementação de asparagina na dieta.”
OMS classifica 2,4-D como provável cancerígeno
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou no último dia 22 sua revisão sobre o agrotóxico 2,4-D, classificando-o como provável cancerígeno para seres humanos. O produto é o terceiro agrotóxico mais usado no Brasil, sendo aplicado nas culturas de arroz, aveia, café, cana-de-açúcar, centeio, cevada, milho, pastagem, soja, sorgo e trigo. É classificado como extremamente tóxico.
Pelas evidências científicas já acumuladas e por essa definição mais recente do IARC, vê-se que se trata de produto que já deveria estar com seus dias contados e a caminho da banimento, como já fizeram em 1997 Dinamarca, Suécia e Noruega.
Na contramão desse processo segue a CTNBio, que em decisões recentes liberou a comercialização de variedades de soja e milho transgênicos resistentes exatamente ao 2,4-D. Assim, um produto que deveria sair do mercado acaba de ver no Brasil enorme possibilidade de perpetuar e aumentar suas vendas, à custa da saúde pública e do ambiente.
Em março, a mesma agência classificou o glifosato, ingrediente do herbicida mais usado no Brasil e no mundo, também como provável agente carcinogênico para humanos.
Após a nota do IARC a Anvisa comprometeu-se a concluir a reavaliação toxicológica do glifosato. Espera-se que agora assuma o mesmo compromisso no que se refere ao 2,4-D.
Em oito Estados
As primeiras notícias do surto de microcefalia vieram de Pernambuco, onde 487 casos já foram registrados.
Depois, apareceram no Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e Paraíba, pela primeira vez no Ceará, na Bahia e agora em Goiás, o primeiro estado fora do Nordeste a registrar a ocorrência. No B
Transcrito da Revista Ecológica
http://www.revistaecologica.com/microcefalia-herbicida-24-d-pode-estar-ligado-ao-surto-da-condicao-no-nordeste-do-pais/
Da Revista Minha Vida
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/microcefalia
A microcefalia normalmente é detectada pelo médico nos primeiros exames após o nascimento em um check-up regular. Contudo, caso você suspeite que a cabeça de seu bebê é menor do que a de outros da mesma idade ou não está crescendo como deveria, fale com seu médico.
Especialistas que podem diagnosticar uma microcefalia são:
- Clínico geral
- Pediatra
- Neurologista
- Neurologista infantil.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Você consumiu algum medicamento na gestação?
- Você teve alguma doença na gestação?
- Você fez uso de álcool, cigarro ou outras drogas na gestação?
- Desde quando você notou a diferença no tamanho da cabeça da criança?.
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para microcefalia, algumas perguntas básicas incluem:
- Qual é a causa mais provável da condição do meu filho?
- Meu filho precisa de quaisquer testes adicionais? Se assim for, estes testes requerem qualquer preparação especial?
- Quais são os tratamentos disponíveis?
- Qual você acha que é o melhor para o meu filho?
- Caso tenha mais filhos, quais os riscos de eles terem microcefalia?
- Há algum folheto, site ou outros materiais nos quais consiga mais informações?.
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
A microcefalia é diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do bebê. O médico irá colocar uma fita métrica em torno da cabeça do bebê e marcar seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da criança serão feitas durante os primeiros anos de vida do bebê e comparadas com uma tabela padronizada a fim de determinar se a criança tem microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.
Não há tratamento medicamentoso para a microcefalia que possa ser capaz de fazer a cabeça da criança voltar ao normal. É orientado realizar terapias para melhorar as habilidades da criança, como a fala. Portanto, a fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de tratamentos orientadas pelo médico são bem vindas.
O diagnóstico de microcefalia pode despertar nos pais uma série de sentimentos como raiva, medo, preocupação, tristeza e culpa. Portanto é importante buscar:
- Ajuda de uma equipe profissional de confiança: Procure médicos, professores e terapeutas em que confia
- Apoio de outras famílias que lidam com a mesma situação. Você pode buscar esse apoio em sua comunidade ou pela internet.
A criança com microcefalia pode ter outros problemas como:
- Retardo mental
- Atraso nas funções motoras e de fala
- Distorções faciais
- Nanismo ou baixa estatura
- Hiperatividade
- Epilepsia
- Dificuldades de coordenação e equilíbrio
- Alterações neurológicas.
Algumas crianças com microcefalia terão a inteligência normal.
Se a causa da microcefalia for genética é possível preveni-la. Consulte um geneticista antes de ter um outro filho. Fazer o pré-natal adequado e evitar o álcool e as drogas durante a gestação são atitudes importantes para prevenir a microcefalia.
- Texto revisado pela Profa. Dra. Marilisa M. Guerreiro, neurologista, Professora Titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Chefe da Disciplina de Neurologia Infantil Departamento de Neurologia – FCM – Unicamp. CRM: 40662/SP
- Clínica Mayo, Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e Derrames dos Estados Unidos.